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23/04/2004 - 18h58

House busca origens na black music

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LIA PIMENTA
do Guia da Folha

Ahouse music estará bem representada no Skol Beats, ao contrário do que aconteceu em 2003, quando o festival trouxe poucas atrações mundialmente conhecidas do gênero. Desta vez, a história é outra: o palco principal tem o trio inglês X-Press 2 e o show da dupla Basement Jaxx. Comandando os pick-ups na tenda The End estarão o ex-Underworld Darren Emerson e Derrick Carter, o DJ mais conhecido do lugar onde tudo começou, Chicago (EUA).

O primeiro gênero da música eletrônica nasceu nessa cidade norte-americana, mas suas verdadeiras influências foram importadas de Nova York. O lendário DJ Larry Levan fazia o público do clube Paradise Garage delirar com versões maiores e hipnóticas de faixas da disco music, que já andava decadente no começo dos anos 80. Inspirados nas experiências de Levan, alguns DJs de Chicago passaram a tocar seus discos usando bases com batidas de bateria eletrônica repetidas. Assim, a vibração da música não era interrompida e as pessoas dançavam sem parar. Um deles, Frankie Knucles, comandava o Wharehouse, de onde surgiu o nome da nova tendência.

A partir de 1984, os DJs passaram a produzir suas próprias faixas e surgiram hits como "Move Your Body", de Marshall Jefferson. Ron Hardy fez fama com mixagens virtuosas no clube Music Box. Mesmo assim, esse sucesso era restrito a um público pequeno e formado principalmente por gays, negros e latinos. Mas uma nova revolução ainda estava por vir. Alguns produtores de Chicago começaram a usar em suas faixas o timbre agudo e psicodélico do simulador de baixo Roland 303. O resultado era mais intenso e foi apelidado de acid house. Levado para a Inglaterra, conquistou uma popularidade que não tinha nos EUA. Surgiram as primeiras raves e a e-music explodiu na Europa.

De lá pra cá, apareceram novas batidas e vertentes, mas a house nunca deixou de ser cultuada. Além de se manter próxima de suas origens, a black music, é o gênero mais aberto para possíveis misturas e classificações.

Na própria Chicago, surgiu a climática e viajante linha deep, que pode ser conferida em algumas músicas do X-Press 2. Quando fica no meio do caminho entre a house e o tecno usando timbres de um ou de outro, chama-se tech-house, vertente tocada por Darren Emerson, Mau Mau e Gabo. Os baixos marcantes determinam uma linha "funky" como a de Derrick Carter, Jonas Rocha e Renato Ratier, todos atrações da tenda The End. Quando é menos eletrônica e mais orgânica, usando instrumentos musicais, é chamada de garage, definição que vem dos tempos de Larry Levan no Paradise Garage. Pode também simplesmente não ter classificação, quando se faz uma mistura tão alucinada como a do Basement Jaxx. Afinal, quem se importa com nomes?

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