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29/08/2008 - 20h25

"The Burning Plain", de Arriaga, é forte candidato ao Leão de Ouro

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ANTONIO LAFUENTE
da Efe, em Veneza

O mexicano Guillermo Arriaga, roteirista de "Amores Brutos", "21 Gramas" e "Babel", demonstrou com seu filme "The Burning Plain", projetado nesta sexta-feira no Festival de Cinema de Veneza, que ele próprio poderia ter dirigido a trilogia que seu compatriota Alejandro González Iñárritu assinou como diretor.

No entanto, o filme, que concorre ao Leão de Ouro, também deixou aberta a pergunta se Arriaga será capaz de fazer algo mais como diretor.

Max Rossi/Reuters
Atriz sul-africana Charlize Theron chega ao tapete vermelho no Festival de Veneza
Atriz sul-africana Charlize Theron chega ao tapete vermelho no Festival de Veneza

"The Burning Plain", que tem como protagonistas Charlize Theron e Kim Basinger, é o primeiro filme de Arriaga como diretor desde o fim de seu trabalho conjunto com Iñárritu, que o acusou no ano passado de querer reivindicar para si a autoria de "Babel" e "21 Gramas".

"Dirigir foi o momento mais feliz da minha vida profissional", afirmou hoje Arriaga na entrevista coletiva posterior à projeção do filme, quando o questionaram sobre sua experiência como diretor após sua relação com Iñárritu.

Arriaga comentou que Iñárritu é um bom diretor e que fez bons filmes. Ele agradeceu a todos que participaram da filmagem de "The Burning Plain", inclusive aos motoristas dos caminhões.

Da mesma forma que fez nos filmes anteriores em parceria com Iñárritu, em "The Burning Plain", Arriaga volta a tratar da morte, tema que segundo ele, é uma obsessão.

Em sua primeira experiência como diretor, ele cria um quebra-cabeças para o espectador com peças de quatro histórias que vão se encaixando à medida que o filme avança, até que no final não sobra nenhuma.

A história analisa o vínculo misterioso que une vários de seus personagens separados no espaço e no tempo: Mariana (Jennifer Lawrence), uma jovem de 16 anos que procura recompor o casamento de seus pais em uma cidade junto à fronteira do México, Sylvia (Charlize Theron), uma mulher de Portland que faz uma viagem para enfrentar um pecado do passado, Gina (Kim Basinger), que tem um amor clandestino, e Maria (Tessa La), cujo pai sofre um acidente de avião.

O diretor mexicano emprega assim a mesma técnica narrativa da desconstrução do tempo, já utilizada na citada trilogia.

Arriaga --que no passado disse preferir ser chamado de "escritor de cinema" em vez de roteirista-- usa uma técnica narrativa que faz com que o espectador fique ansioso com o desenlace da história.

"Se o espectador aceita o jogo, gosta do filme. Se não, chega um momento em é difícil acreditar na trama, especialmente quando emigrantes, lavadores de pratos, caminhoneiros mantêm relações sexuais com mulheres maravilhosas com aspecto de estrelas de Hollywood", disse o diretor.

Theron, foi outra que desabafou e aproveitou para mostrar seu lado mais extrovertido, brincou durante a entrevista coletiva com o apresentador de um programa de humor.

A atriz deixou de lado a atitude mais engajada, mostrada no ano passado quando durante a apresentação de "No Vale das Sombras", pediu a retirada das tropas americanas do Iraque e mostrou seu lado mais fútil.

Hoje também foi projetado o filme "Inju, la Bête Dans L'Ombre", do diretor Barbet Schroeder, um suspense que foi condenado de forma unânime pela crítica em Veneza.

O filme conta a história de Alex Fayard, um autor de sucesso de romances policiais que viaja ao Japão e tenta conhecer um misterioso colega de profissão, o melhor escritor do gênero nesse país, mas que ninguém conhece.

 

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