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22/05/2004
-
15h26
da Folha Online
A Palma de Ouro do Festival de Cannes foi concedida neste sábado (22) ao diretor norte-americano Michael Moore, por seu filme "Fahrenheit 9/11", que traz críticas ácidas e diretas ao governo de George W. Bush.
Ontem, Moore havia recebido o prêmio da crítica internacional, concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, por seu filme.
O filme de Moore, considerado um panfleto contra o governo norte-americano, denuncia a manipulação da opinião pública após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA para justificar a guerra no Iraque.
Segundo Moore, o governo Bush manipulou a opinião pública para invadir o Iraque e atender a interesses econômicos de grupos ligados a sua família.
Moore conquistou fama internacional com o documentário "Tiros em Columbine", no qual denunciou o comércio de armas nos EUA, após o massacre no colégio Columbine. Ele também dirigiu "Roger e Eu" e "The Big One", ambos contra duas grandes multinacionais (General Motors e Nike).
Latinidade
Depois de boas recepções tanto da crítica quanto do público, o filme "Diários de Motocicleta", do diretor brasileiro Walter Salles, também foi cotado para a Palma de Ouro, mas não levou nada oficialmente.
O filme de Salles recebeu um prêmio ecumênico, concedido por um júri especial. "Vimos neste filme a gênese da vocação desta figura emblemática de um revolucionário ávido por justiça [Che Guevara]. Uma ferramenta que atrairá a atenção para um continente cujos problemas sociais e políticos ainda não foram resolvidos", escreveram os jurados em um comunicado.
"Diários de Motocicleta" também recebeu ontem o Prêmio François Chalais 2004, concedido pelo Ministério da Cultura francês e pelo Centro Nacional de Cinematografia da França, no Festival de Cannes.
"Diários", que é uma produção latino-americana, foi elogiado pelas principais publicações francesas durante a semana.
Outros prêmios
O Prêmio de Melhor Diretor do Festival de Cannes foi concedido ao francês Tony Gatlif, pelo filme "Exílios", anunciou o júri.
O Grande Prêmio do Júri do de Cannes foi concedido ao filme sul-coreano "Old Boy", de Park Chan-wook.
O japonês Yagira Yuya ficou com o prêmio de Melhor Ator do Festival de Cannes, por seu papel em "Nobody Knows", do diretor Hirokasu Kore-eda.
A atriz chinesa Maggie Cheung conquistou o prêmio de Melhor Atriz por seu papel em "Clean", do francês Olivier Assayas.
O prêmio "Um Certo Olhar" foi atribuído ao único filme africano selecionado "Moolaadé", do senegalês Sembene Ousmane, e o Prêmio do Olhar Original foi para "Whisky", filme uruguaio de Juan Pablo Revella e Pablo Stoll.
O júri da mostra paralela concedeu um terceiro prêmio, intitulado Olhar para o Futuro, a "Terras e Cinzas", do afegão Atiq Rahimi.
"Um Certo Olhar" é uma seleção oficial fora de concurso do Festival de Cannes (e não paralela como a Quinzena dos Realizadores e a Semana da Crítica).
Com informações da agência France Presse
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Michael Moore leva a Palma de Ouro em Cannes
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A Palma de Ouro do Festival de Cannes foi concedida neste sábado (22) ao diretor norte-americano Michael Moore, por seu filme "Fahrenheit 9/11", que traz críticas ácidas e diretas ao governo de George W. Bush.
Ontem, Moore havia recebido o prêmio da crítica internacional, concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, por seu filme.
Reuters |
O cineasta Michael Moore discursa em Cannes; veja outras fotos |
Segundo Moore, o governo Bush manipulou a opinião pública para invadir o Iraque e atender a interesses econômicos de grupos ligados a sua família.
Moore conquistou fama internacional com o documentário "Tiros em Columbine", no qual denunciou o comércio de armas nos EUA, após o massacre no colégio Columbine. Ele também dirigiu "Roger e Eu" e "The Big One", ambos contra duas grandes multinacionais (General Motors e Nike).
Latinidade
Depois de boas recepções tanto da crítica quanto do público, o filme "Diários de Motocicleta", do diretor brasileiro Walter Salles, também foi cotado para a Palma de Ouro, mas não levou nada oficialmente.
O filme de Salles recebeu um prêmio ecumênico, concedido por um júri especial. "Vimos neste filme a gênese da vocação desta figura emblemática de um revolucionário ávido por justiça [Che Guevara]. Uma ferramenta que atrairá a atenção para um continente cujos problemas sociais e políticos ainda não foram resolvidos", escreveram os jurados em um comunicado.
"Diários de Motocicleta" também recebeu ontem o Prêmio François Chalais 2004, concedido pelo Ministério da Cultura francês e pelo Centro Nacional de Cinematografia da França, no Festival de Cannes.
"Diários", que é uma produção latino-americana, foi elogiado pelas principais publicações francesas durante a semana.
Outros prêmios
O Prêmio de Melhor Diretor do Festival de Cannes foi concedido ao francês Tony Gatlif, pelo filme "Exílios", anunciou o júri.
O Grande Prêmio do Júri do de Cannes foi concedido ao filme sul-coreano "Old Boy", de Park Chan-wook.
O japonês Yagira Yuya ficou com o prêmio de Melhor Ator do Festival de Cannes, por seu papel em "Nobody Knows", do diretor Hirokasu Kore-eda.
A atriz chinesa Maggie Cheung conquistou o prêmio de Melhor Atriz por seu papel em "Clean", do francês Olivier Assayas.
O prêmio "Um Certo Olhar" foi atribuído ao único filme africano selecionado "Moolaadé", do senegalês Sembene Ousmane, e o Prêmio do Olhar Original foi para "Whisky", filme uruguaio de Juan Pablo Revella e Pablo Stoll.
O júri da mostra paralela concedeu um terceiro prêmio, intitulado Olhar para o Futuro, a "Terras e Cinzas", do afegão Atiq Rahimi.
"Um Certo Olhar" é uma seleção oficial fora de concurso do Festival de Cannes (e não paralela como a Quinzena dos Realizadores e a Semana da Crítica).
Com informações da agência France Presse
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