Publicidade
Publicidade
05/06/2004
-
08h53
da Folha de S.Paulo
Hoje, quando sair de sua casa empoeirada rumo a uma sessão de autógrafos no Embu, onde vive, Agrippino estará sendo acompanhado por uma câmera. O escritor é o tema de um projeto que a psicanalista e documentarista Miriam Chnaiderman está desenvolvendo, com o nome de "Passeios no Recanto Silvestre".
Mais do que um simples documentário, o projeto, feito em parceria com outros três psicanalistas e com o professor de cinema Rubens Machado, recupera a atuação de Agrippino como homem do audiovisual.
Diretor do ousado filme "Hitler do Terceiro Mundo", de 1968, e de mais uma porção de produções vanguardistas em Super 8 nos anos 70, algumas filmadas na África com a ex-mulher Maria Esther Stockler, Agrippino recebeu de Chnaiderman uma câmera idêntica à que operara nesse período: uma Canon 814.
"Queremos saber como essa intervenção de quatro psicanalistas (e eu como psicanalista-documentarista) e um pesquisador de cinema pode mobilizá-lo a voltar a filmar", explica Chnaiderman, que acompanhou a Folha na entrevista com Agrippino.
David Calderoni, um dos psicanalistas por trás do filme, diz: "Nosso projeto pressupõe Agrippino como sujeito intelectual e artístico, produtor de um saber e de um fazer sobre si mesmo e sobre o mundo".
Até aqui, as filmagens de Agrippino estão ainda no marco zero. "Tenho preferência de filmar entre as 16h e as 17h, com o céu encoberto de nuvens. A luz difusa é mais bonita. Atualmente não tenho tido muitas oportunidades", diz o escritor/cineasta.
Mesmo não tendo usado ainda com muita freqüência a nova aparelhagem, Agrippino se mostra um entusiasta de questões técnicas. "A lente de sua máquina precipita?", pergunta à fotógrafa da Folha.
"Ele nos deixou maravilhados com uma aula sobre os determinantes óticos e tecnológicos pelos quais há profundidade de campo nas imagens do Super 8 (e do cinema em geral) e não há no vídeo e na televisão", conta Chnaiderman, que teve de fazer um périplo para conseguir os filmes e equipamentos pedidos por ele.
LUGAR PÚBLICO
Autor: José Agrippino de Paula
Editora: Papagaio (tel. 0/xx/11/3051-5544)
Quanto: R$ 32 (267 págs.)
Lançamento: hoje, às 16h]
Onde: Embook (r. Belo Horizonte, 61, tel. 0/xx/11/4241-8020, Embu, São Paulo)
Leia mais
"Lugares Públicos", de Agrippino, é reeditado após 40 anos
"Sou um filiado da pop art", diz Agrippino
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre José Agrippino de Paula
Documentário põe cineasta para filmar
Publicidade
Hoje, quando sair de sua casa empoeirada rumo a uma sessão de autógrafos no Embu, onde vive, Agrippino estará sendo acompanhado por uma câmera. O escritor é o tema de um projeto que a psicanalista e documentarista Miriam Chnaiderman está desenvolvendo, com o nome de "Passeios no Recanto Silvestre".
Mais do que um simples documentário, o projeto, feito em parceria com outros três psicanalistas e com o professor de cinema Rubens Machado, recupera a atuação de Agrippino como homem do audiovisual.
Diretor do ousado filme "Hitler do Terceiro Mundo", de 1968, e de mais uma porção de produções vanguardistas em Super 8 nos anos 70, algumas filmadas na África com a ex-mulher Maria Esther Stockler, Agrippino recebeu de Chnaiderman uma câmera idêntica à que operara nesse período: uma Canon 814.
"Queremos saber como essa intervenção de quatro psicanalistas (e eu como psicanalista-documentarista) e um pesquisador de cinema pode mobilizá-lo a voltar a filmar", explica Chnaiderman, que acompanhou a Folha na entrevista com Agrippino.
David Calderoni, um dos psicanalistas por trás do filme, diz: "Nosso projeto pressupõe Agrippino como sujeito intelectual e artístico, produtor de um saber e de um fazer sobre si mesmo e sobre o mundo".
Até aqui, as filmagens de Agrippino estão ainda no marco zero. "Tenho preferência de filmar entre as 16h e as 17h, com o céu encoberto de nuvens. A luz difusa é mais bonita. Atualmente não tenho tido muitas oportunidades", diz o escritor/cineasta.
Mesmo não tendo usado ainda com muita freqüência a nova aparelhagem, Agrippino se mostra um entusiasta de questões técnicas. "A lente de sua máquina precipita?", pergunta à fotógrafa da Folha.
"Ele nos deixou maravilhados com uma aula sobre os determinantes óticos e tecnológicos pelos quais há profundidade de campo nas imagens do Super 8 (e do cinema em geral) e não há no vídeo e na televisão", conta Chnaiderman, que teve de fazer um périplo para conseguir os filmes e equipamentos pedidos por ele.
LUGAR PÚBLICO
Autor: José Agrippino de Paula
Editora: Papagaio (tel. 0/xx/11/3051-5544)
Quanto: R$ 32 (267 págs.)
Lançamento: hoje, às 16h]
Onde: Embook (r. Belo Horizonte, 61, tel. 0/xx/11/4241-8020, Embu, São Paulo)
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice