Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/06/2004 - 07h07

Bandas Zémaria e Tom Bloch apresentam novo eixo musical

Publicidade

ALEXANDRE MATIAS
free-lance para a Folha de S.Paulo

Quem reclama da falta de novidade no cenário pop brasileiro tem a oportunidade de voltar quieto para casa após os shows de hoje à noite.

Vindos de capitais fora do eixo da rodovia Dutra e musicalmente alheios às cenas de suas cidades, Zémaria e Tom Bloch reúnem-se para mostrar a maturidade da nova música popular feita no Brasil, além de faixas novas de seus próximos trabalhos, que ainda estão inéditos.

Capixaba, o Zémaria passa longe do hardcore que, lentamente, vai colocando a cidade de Vitória no mapa da música independente brasileira --mesmo tendo lançado seu primeiro disco pela gravadora Lona Records e com um de seus principais compositores (o multiinstrumentista Marcel Dadalto) saído das fileiras do grupo Dead Fish.

As origens da banda remontam ao meio dos anos 90, quando ainda se chamava apenas É!, mas, à medida que a década chegava ao fim, o sexteto foi tomando contato com a produção digital e logo estava no meio do território da e-music, fundindo referências brasileiras com o background eclético de rock dos integrantes da banda e os diversos subgêneros da pista de dança.

Hoje o grupo tem uma reputação considerável, não apenas no métier digital, que lhe garantiu ser escalado no festival Skol Beats do ano passado e ter vários downloads de MP3s feitos por seu site (www.zemaria.art.br, atualmente em manutenção), como entre os cenários de pop e MPB.

O show de hoje à noite trará músicas inéditas --como "Solar" e "Etoile", cantadas pela vocalista Sanny Lys-- do segundo álbum da banda, que sairá no próximo semestre, mas ainda não tem casa definitiva. "Ainda temos forte influência de drum'n'bass", conta o tecladista e percussionista Humberto Ribeiro, "mas estamos misturando muito, trabalhando deep house com guitarra distorcida, muito breakbeat...".

O fato de os integrantes da banda saírem de ambientes completamente diferentes ajuda a moldar as fusões sonoras do grupo. "O Marcel era do Dead Fish, o Nego Léo [baterista] tocava em uma banda de dub chamada No Problem, em que o nosso baixista [Michel Spon] tocava bateria, eu tocava guitarra em uma banda de metal chamada System Collapse...", continua Ribeiro. "É muita referência o tempo todo."

Dupla personalidade

Antes e depois da apresentação do grupo, dois integrantes do Zémaria mostrarão o lado DJ de seus trabalhos solo --Marcel assume a persona de Xico Viola, e o guitarrista Alex Cepille apresenta-se como Zee-La.

Já a banda gaúcha Tom Bloch também lançou sua primeira demo em 1999 e seu primeiro disco em 2003. Seu uso da eletrônica vem mais como uma camada de ciberverniz, que apenas esfria a temperatura do pós-punk à brasileira (ecoando as chamadas "bandas da PolyGram" dos anos 80), que o grupo sobrepõe ao pop radiofônico que primam as bandas conterrâneas.

Mas fora as gracinhas e a jovem guarda, entrando no lugar um certo clima dark, sobretudos e o vocal dramático de Pedro Verissimo (neto de Erico, filho de Luis Fernando). Ainda é uma banda pop, mas algo de tenso --talvez sinistro-- paira sobre o quinteto.

ZÉMARIA E TOM BLOCH
Quando:
hoje, a partir das 23h
Onde: Urbano (r. Cardeal Arcoverde, 614, Pinheiros, SP, tel. 0/xx/11/3085-1001)
Quanto: R$ 15 (mulheres) e R$ 20 (homens)

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página