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02/07/2004
-
21h59
da France Presse, em Roma
Ao morrer, o ator americano Marlon Brando "se tornou imortal", afirmou hoje o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, que o dirigiu no famoso filme: "Último Tango em Paris".
"Com as lágrimas nos olhos, acho que, ao morrer, Marlon se tornou imortal", escreveu Bertolucci em um texto que enviou à agência italiana "Ansa", após o anúncio da morte do ator.
Recordando a filmagem do "Último Tango em Paris", o cineasta destacou que "toda a equipe havia ficado totalmente hipnotizada por sua presença". "Nenhum deles jamais havia estado diante de uma lenda", escreveu.
"No Actor's Studio, ele havia aprendido melhor que seus colegas a se sentir um outro, a se tornar um revolucionário mexicano, um Hell's Angel, um estivador de Nova York, uma árvore ou um rio. O cinema pede que um ator entre na pele de um outro. Ao contrário, eu lhe pedi que desenvolvesse no filme sua vida de homem e de ator", explicou.
Bertolucci lembrou que no final do filme, Brando lhe disse: "Nunca mais farei um filme como este. Não gosto de ser ator, mas desta vez foi ainda pior. Me senti violado do início ao fim, minha vida, minha intimidade mais profunda, e inclusive meus filhos, tudo foi tirado de mim".
O diretor italiano explicou que depois do filme, Brando não falou mais com ele durante doze anos, um fato que o fez duvidar dele mesmo e de seu trabalho. "Um dia, procurei contatá-lo, e conversamos durante duas horas", explicou Bertolucci, recordando que viu Brando pela última vez há anos, na sua casa de Mulholland Drive.
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"Marlon Brando se tornou imortal", diz Bertolucci
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Ao morrer, o ator americano Marlon Brando "se tornou imortal", afirmou hoje o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, que o dirigiu no famoso filme: "Último Tango em Paris".
"Com as lágrimas nos olhos, acho que, ao morrer, Marlon se tornou imortal", escreveu Bertolucci em um texto que enviou à agência italiana "Ansa", após o anúncio da morte do ator.
Recordando a filmagem do "Último Tango em Paris", o cineasta destacou que "toda a equipe havia ficado totalmente hipnotizada por sua presença". "Nenhum deles jamais havia estado diante de uma lenda", escreveu.
"No Actor's Studio, ele havia aprendido melhor que seus colegas a se sentir um outro, a se tornar um revolucionário mexicano, um Hell's Angel, um estivador de Nova York, uma árvore ou um rio. O cinema pede que um ator entre na pele de um outro. Ao contrário, eu lhe pedi que desenvolvesse no filme sua vida de homem e de ator", explicou.
Bertolucci lembrou que no final do filme, Brando lhe disse: "Nunca mais farei um filme como este. Não gosto de ser ator, mas desta vez foi ainda pior. Me senti violado do início ao fim, minha vida, minha intimidade mais profunda, e inclusive meus filhos, tudo foi tirado de mim".
O diretor italiano explicou que depois do filme, Brando não falou mais com ele durante doze anos, um fato que o fez duvidar dele mesmo e de seu trabalho. "Um dia, procurei contatá-lo, e conversamos durante duas horas", explicou Bertolucci, recordando que viu Brando pela última vez há anos, na sua casa de Mulholland Drive.
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