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10/09/2004
-
04h48
da Folha de S.Paulo, no Rio
A prática consolidada de reduzir a bossa nova a seis ou sete nomes tem deixado na sombra excelentes músicos e compositores. Entre eles está Durval Ferreira, 69, que lança seu primeiro disco solo, "Batida Diferente".
Desde sua origem, o caminho de Ferreira foi diferente do trilhado pelos protagonistas da bossa nova. Em vez de Copacabana ou Ipanema, seu bairro era Vila Isabel, na zona norte do Rio.
Enquanto João Gilberto e outros optaram por uma linha cool, de concisão, Durval resolveu juntar samba com o bebop de Charlie Parker e investigar as complexas possibilidades harmônicas do samba-jazz.
Nas 13 faixas de "Batida Diferente", Ferreira revê sua história conciliando formações instrumentais ousadas com uma grande suavidade, encaixando complexidade e delicadeza.
Ferreira toca violão em todas as faixas e assina a maioria dos arranjos, mas outros músicos, hoje vistos como mero coadjuvantes da bossa nova, também são fundamentais no acerto do disco.
Osmar Milito, excepcional e discreto pianista, faz introduções belíssimas de "Estamos Aí" e "Tristeza de Nós Dois". Na primeira, o solo de piano é sucedido por um inusual time de cinco saxofones, um deles pilotado pelo recém-morto Juarez Araújo.
Bebeto Castilho, ex-Tamba Trio, comparece com seu baixo em duas faixas. Raul de Souza, radicado na França, toca trombone em outras duas, e o trompetista Cláudio Roditi, radicado nos EUA, atua na faixa-título.
Tendo passado as últimas três décadas produzindo discos comerciais, Ferreira retoma agora o músico brilhante dos anos 60. Aquele que, no grupo Samba Rio, acompanhou Sérgio Mendes no histórico concerto do Carnegie Hall, em 1962, e tocou até com o saxofonista americano Cannonball Adderley. Uma feliz volta que o tira, em tempo, da sombra.
Batida Diferente
Artista: Durval Ferreira
Lançamento: Guanabara
Quanto: R$ 23
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Durval Ferreira
Aos 69 anos, Durval Ferreira sai da sombra com ótimo disco solo
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A prática consolidada de reduzir a bossa nova a seis ou sete nomes tem deixado na sombra excelentes músicos e compositores. Entre eles está Durval Ferreira, 69, que lança seu primeiro disco solo, "Batida Diferente".
Desde sua origem, o caminho de Ferreira foi diferente do trilhado pelos protagonistas da bossa nova. Em vez de Copacabana ou Ipanema, seu bairro era Vila Isabel, na zona norte do Rio.
Enquanto João Gilberto e outros optaram por uma linha cool, de concisão, Durval resolveu juntar samba com o bebop de Charlie Parker e investigar as complexas possibilidades harmônicas do samba-jazz.
Nas 13 faixas de "Batida Diferente", Ferreira revê sua história conciliando formações instrumentais ousadas com uma grande suavidade, encaixando complexidade e delicadeza.
Ferreira toca violão em todas as faixas e assina a maioria dos arranjos, mas outros músicos, hoje vistos como mero coadjuvantes da bossa nova, também são fundamentais no acerto do disco.
Osmar Milito, excepcional e discreto pianista, faz introduções belíssimas de "Estamos Aí" e "Tristeza de Nós Dois". Na primeira, o solo de piano é sucedido por um inusual time de cinco saxofones, um deles pilotado pelo recém-morto Juarez Araújo.
Bebeto Castilho, ex-Tamba Trio, comparece com seu baixo em duas faixas. Raul de Souza, radicado na França, toca trombone em outras duas, e o trompetista Cláudio Roditi, radicado nos EUA, atua na faixa-título.
Tendo passado as últimas três décadas produzindo discos comerciais, Ferreira retoma agora o músico brilhante dos anos 60. Aquele que, no grupo Samba Rio, acompanhou Sérgio Mendes no histórico concerto do Carnegie Hall, em 1962, e tocou até com o saxofonista americano Cannonball Adderley. Uma feliz volta que o tira, em tempo, da sombra.
Batida Diferente
Artista: Durval Ferreira
Lançamento: Guanabara
Quanto: R$ 23
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