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16/09/2004
-
08h06
da Folha de S.Paulo, no Rio
Ofuscadas nas Bienais do Livro pelos megaestandes das grandes editoras, as pequenas e médias têm na Primavera dos Livros a sua feira própria. A quarta edição do evento começa hoje no Jockey Clube, no Rio, refletindo não só a sua situação, mas a de todo o mercado editorial brasileiro.
O público poderá ver os estandes --todos do mesmo tamanho-- de 81 editoras de sexta-feira a domingo, mas hoje, às 16h, elas se reúnem para ouvir os professores Fábio Sá Earp, da UFRJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), e George Kornis, da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Eles apresentarão os resultados de uma pesquisa feita por encomenda do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
São resultados duros. Mostram que, desde 1995, a venda de livros no país já caiu à metade, embora o PIB (Produto Interno Bruto) tenha crescido 16%. Os números de títulos lançados e exemplares editados também caíram.
"Se qualquer outro ramo industrial diminuísse neste montante, seria um escândalo", apontam os dois professores no seu relatório.
Os dados deixam claro que, no Brasil, está-se lendo menos, comprando menos e produzindo menos livros. Não fossem as compras do governo federal, a crise seria ainda maior. Pelo menos um terço da produção de livros no país é adquirida pelo governo. Entende-se porque os programas de compras governamentais provocam tanta polêmica.
O último deles a ter resultado anunciado, o Livro Aberto (nome oficial, por enquanto, do Fome de Livro), certamente será tema de reuniões na Primavera. Duas editoras que participam da feira, a Códex e a Nova Alexandria, pretendem ter um encontro com o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, a quem já se queixaram por e-mail por não terem tido livros selecionados.
Visitas
Este quarto ano da Primavera é o primeiro em que haverá participação estrangeira. Cinco editoras de países africanos de língua portuguesa mostrarão seus livros e buscarão formas de aumentar o intercâmbio com o Brasil.
"Esses editores vão poder tomar contato com a nova produção editorial brasileira, nossos novos autores. Será uma marca desta Primavera", aposta Cristina Warth, vice-presidente da Libre (Liga Brasileira de Editoras), que organiza a feira.
Outra novidade é a instituição de um patrono para a Primavera: o deste ano é o poeta Ferreira Gullar, que fará uma palestra amanhã, às 18h. Na Primavera, as editoras oferecem boa parte de seus livros com descontos. Estarão à venda 7.000 títulos.
Também começa hoje no Rio --e segue até o dia 26-- a 6ª edição do Salão do Livro para Crianças e Jovens, no MAM (0/xx/21/ 2240-4944). Participam 47 editoras.
PRIMAVERA DOS LIVROS
Quando: hoje, às 16h; de amanhã a domingo, das 11h às 23h
Onde: Jockey Clube Brasileiro (Praça Santos Dumont, 31, Gávea)
Quanto: R$ 2
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o mercado editorial
Em queda livre, setor editorial faz sua primavera em feira
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Ofuscadas nas Bienais do Livro pelos megaestandes das grandes editoras, as pequenas e médias têm na Primavera dos Livros a sua feira própria. A quarta edição do evento começa hoje no Jockey Clube, no Rio, refletindo não só a sua situação, mas a de todo o mercado editorial brasileiro.
O público poderá ver os estandes --todos do mesmo tamanho-- de 81 editoras de sexta-feira a domingo, mas hoje, às 16h, elas se reúnem para ouvir os professores Fábio Sá Earp, da UFRJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), e George Kornis, da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Eles apresentarão os resultados de uma pesquisa feita por encomenda do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
São resultados duros. Mostram que, desde 1995, a venda de livros no país já caiu à metade, embora o PIB (Produto Interno Bruto) tenha crescido 16%. Os números de títulos lançados e exemplares editados também caíram.
"Se qualquer outro ramo industrial diminuísse neste montante, seria um escândalo", apontam os dois professores no seu relatório.
Os dados deixam claro que, no Brasil, está-se lendo menos, comprando menos e produzindo menos livros. Não fossem as compras do governo federal, a crise seria ainda maior. Pelo menos um terço da produção de livros no país é adquirida pelo governo. Entende-se porque os programas de compras governamentais provocam tanta polêmica.
O último deles a ter resultado anunciado, o Livro Aberto (nome oficial, por enquanto, do Fome de Livro), certamente será tema de reuniões na Primavera. Duas editoras que participam da feira, a Códex e a Nova Alexandria, pretendem ter um encontro com o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, a quem já se queixaram por e-mail por não terem tido livros selecionados.
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Este quarto ano da Primavera é o primeiro em que haverá participação estrangeira. Cinco editoras de países africanos de língua portuguesa mostrarão seus livros e buscarão formas de aumentar o intercâmbio com o Brasil.
"Esses editores vão poder tomar contato com a nova produção editorial brasileira, nossos novos autores. Será uma marca desta Primavera", aposta Cristina Warth, vice-presidente da Libre (Liga Brasileira de Editoras), que organiza a feira.
Outra novidade é a instituição de um patrono para a Primavera: o deste ano é o poeta Ferreira Gullar, que fará uma palestra amanhã, às 18h. Na Primavera, as editoras oferecem boa parte de seus livros com descontos. Estarão à venda 7.000 títulos.
Também começa hoje no Rio --e segue até o dia 26-- a 6ª edição do Salão do Livro para Crianças e Jovens, no MAM (0/xx/21/ 2240-4944). Participam 47 editoras.
PRIMAVERA DOS LIVROS
Quando: hoje, às 16h; de amanhã a domingo, das 11h às 23h
Onde: Jockey Clube Brasileiro (Praça Santos Dumont, 31, Gávea)
Quanto: R$ 2
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