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28/09/2004 - 07h54

Atriz Brigitte Bardot faz hoje 70 anos

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da France Presse, em Paris

Em meio a uma exposição, pedidos ao presidente Jacques Chirac em favor dos animais e a diversos escândalos, a atriz francesa Brigitte Bardot, símbolo sexual das décadas de 50 e 60, completa hoje 70 anos.

Jacques Brinon/AP
A atriz Brigitte Bardot


"Vou beber uma taça de champanhe com dois ou três amigos. Vou completar 70 anos, darei graças a Deus por ter chegado até aqui, mas a verdade é que preferia ter 30 anos", disse a atriz em entrevista à revista "Hola!".

No entanto, apesar do desejo, Bardot parece não ter muito problemas em aceitar a velhice.

"Hoje em dia sopram ventos de loucura: as mulheres querem ser eternamente jovens e recorrem a cirurgias. Todas se parecem. A perfeição é terrivelmente chata", disse.

Hoje, mais de 8.500 objetos que têm alguma relação com a artista serão exibidos na sala Drouot-Richelieu, em Paris. Fotos, postais, cartazes, revistas e discos, que são propriedade de um admirador da atriz, serão vendidos.

O dinheiro arrecadado, que pode chegar a US$ 96 mil, segundo os responsáveis pelo evento, será destinado à associação de defesa dos animais que é presidida pela artista.

Para celebrar seu aniversário, a atriz escreveu ontem uma carta ao presidente Jacques Chirac com sete pedidos, "um para cada década de vida", em favor dos animais.

A atriz deseja, entre outras coisas, o fim da venda de gatos e cachorros em anúncios classificados, do uso de animais selvagens em circos, das corridas de touros e das brigas de galo e o fim da criação intensiva de animais para a fabricação de casacos de pele.

A protagonista do filme "E Deus Criou a Mulher" não vem se destacando apenas pela defesa dos animais. Em junho, Bardot foi condenada a pagar uma multa de 5.000 euros (US$ 6.000) por ter dado declarações que incitavam ao ódio racial em seu livro "Um Grito no Silêncio".

Nesta polêmica obra, publicada em 2003, a ex-diva francesa toma atitudes de forte desprezo por árabes, negros e clandestinos, segundo o Movimento Contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos e a Liga de Direitos Humanos, que decidiram processar a atriz.

"Perdemos o direito de nos escandalizar quando os clandestinos e os mendigos profanam nossas igrejas e as transformam em chiqueiros humanos, defecando atrás do altar ou urinando nas colunas, expelindo seus odores repugnantes sob as abóbadas sagradas", disse Bardot em seu livro.

Além de críticas também ao Islã, "Um Grito no Silêncio" traz elogios à direita radical francesa, insultos aos homossexuais e uma opinião favorável à pena de morte.

A atriz, que se casou três vezes e teve célebres aventuras amorosas em sua vida, rechaça hoje em dia seu papel de sex-symbol e critica suas atrevidas cenas no cinema.

"Se desempenhei um papel na evolução da sociedade francesa, foi para meu grande pesar. Creio que correspondi a um desejo da sociedade num certo momento", disse.

Bardot diz que não sente alegria alguma ao ser classificada de estrela ou mito.

"Quando me reconhecem na rua deveria ficar feliz, mas no entanto isso me machuca", afirmou a artista à "Hola!".

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