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11/10/2004 - 15h49

Fernando Sabino teve vasta produção na literatura e no jornalismo

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da Folha Online

Fernando Tavares Sabino nasceu em 12 de outubro de 1923, em Belo Horizonte (MG). Aprendeu a ler com a mãe, em 1930. Durante a adolescência, foi locutor de programa de rádio e começou a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos em revistas da cidade, conquistado prêmios em concursos.

Aos 17 anos decide ser gramático e escreve um artigo de crítica sobre o dicionário de Laudelino Freire no jornal "Mensagem", publicando também artigos literários em "O Diário", junto de Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos.

Começa a cursar a Faculdade de Direito, no início da década de 1940, e ingressa no jornalismo como redator da "Folha de Minas".

26.out.2002/Divulgação
Os escritores (da esq. para a dir.) Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Resende
Publica no Rio seu primeiro livro de contos, "Os Grilos não Cantam Mais", em 1941. Torna-se colaborador do jornal literário "Dom Casmurro", da revista "Vamos Ler" e do "Anuário Brasileiro de Literatura".

Em 1942, começa a trabalhar na Secretaria de Finanças de Minas Gerais e leciona português no Instituto Padre Machado, nas horas vagas. No ano seguinte, é nomeado oficial de gabinete do secretário de Agricultura do Estado.

Torna-se colaborador regular do jornal "Correio da Manhã", do Rio, onde conhece Vinicius de Moraes, de quem se tornaria amigo.

Muda-se para o Rio de Janeiro em 1944, assumindo o cargo de oficial do Registro de Interdições e Tutelas da Justiça.

Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, licencia-se do cargo que exerce na Justiça e viaja com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos, morando por dois anos em Nova York, onde trabalha no Escritório Comercial do Brasil e no Consulado Brasileiro.

Em 1947, envia crônicas para serem publicadas em jornais como "Diário Carioca" e "O Jornal", do Rio, que são reproduzidas em vários veículos do Brasil. Começa a produzir os livros "Ponto de Partida" e "Movimentos Simulados" que, apesar de não serem concluídos, serão aproveitados em "O Encontro Marcado".

Depois de voltar ao Brasil no ano seguinte, continua a colaborar com crônicas e artigos para jornais e revistas do país e publica "A Cidade Vazia" e "A Vida Real".

"O Encontro Marcado", uma de suas obras mais conhecidas, é lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro.

Sabino decide, em 1957, viver exclusivamente com escritor e jornalista depois de pedir exoneração do cargo de escrivão. Inicia uma produção diária de crônicas para o "Jornal do Brasil", escrevendo mensalmente também para a revista "Senhor".

Em 1960, Fernando Sabino publica o livro "O Homem Nu" na Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta.

Publica, em 1962, "A Mulher do Vizinho", que recebe o Prêmio Cinaglia do Pen Club do Brasil.

É contratado, em 1964, durante o governo João Goulart, para exercer as funções de Adido Cultural junto à Embaixada do Brasil em Londres.

Em 1966, faz a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o "Jornal do Brasil". Depois de desfazer a sociedade na Editora do Autor, funda, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publica livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.

Entre final dos anos 60 e início dos 70, viaja para diversas partes do mundo como correspondente de veículos brasileiros, produzindo reportagens sobre países como Alemanha, Portugal, Itália, França, Inglaterra, Estados Unidos e Argentina.

Termina o romance "O Grande Mentecapto" em 1979, iniciado mais de 30 anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, acabaria sendo adaptada para o cinema e o teatro anos depois.

Em 1991, lança o livro "Zélia, Uma Paixão", biografia autorizada de Zélia Cardoso de Mello com escândalos da vida privada da ex-ministra do governo Collor.

Em julho de 1999, recebe da Academia Brasileira de Letras o prêmio "Machado de Assis" pelo conjunto de sua obra.

Publica em 2004 o romance "Os Movimentos Simulados", da editora Record, totalizando uma produção literária de mais de quatro dezenas de obras em 80 anos de vida.

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