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15/10/2004 - 16h19

Cineasta Ingmar Bergman revela existência de filha secreta

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da France Presse, em Estocolmo

O cineasta e dramaturgo sueco Ingmar Bergman, 86, revela no livro "Três Diários Íntimos", com lançamento previsto para 1º de novembro, que a co-autora, María von Rosen, 45, é na realidade sua filha, segundo o jornal "Aftonbladet".

O livro descreve a relação de Bergman com a mãe de Maria, Ingrid Von Rosen, e narra o que aconteceu no período que vai até sua morte, há nove anos. Os dois se conheceram e tiveram um caso em 1957, quando ele estava casado com a bailarina Gun Grut e ela, com Jean-Carl von Rosen.

"Ingrid e eu estávamos casados com outras pessoas. Na primavera de 1959, Ingrid deu à luz a nossa filha Maria", escreve Bergman.

Entretanto, nem Ingrid nem Bergman, que nesta época tinha seis filhos de três casamentos diferentes, estavam aparentemente prontos para oficializar sua relação. O cineasta se divorciou de Gun Grut em 1959 e se casou com a pianista Kaebi Laretei no mesmo ano.

O casal teve um filho e se divorciou em 1969. Bergman viveu então com a atriz norueguesa Liv Ullman, com quem teve uma filha, a escritora Linn Ullman. Quando esta última relação terminou em 1970, Bergman finalmente voltou a se unir a Ingrid von Rosen, com quem se casou um ano depois de ela pedir divórcio. Ficaram juntos por 24 anos, até ela morrer em 1995, vítima de câncer.

Depois de se retirar do cinema e da televisão, Ingmar Bergman deu adeus em julho ao teatro, ao completar 86 anos. "O teatro é o começo e o fim, verdadeiramente tudo de uma vez", disse em uma longa entrevista. Meses antes, no outono de 2003, o cineasta entregou o apartamento que tinha em Estocolmo, perto do teatro Dramaten, para evitar voltar a cair em tentação.

Apesar de ainda conservar um pequeno estúdio na capital, há muito vive isolado na pequena ilha de Faaroe, no mar Báltico, onde rodou vários filmes. "Amo muito esta ilha. Ingrid morreu há dez anos, mas lá me sinto perto dela", disse o cineasta.

María von Rosen, por sua vez, afirma no livro que ajudou a escrever que tinha 22 anos quando Ingmar revelou que era seu verdadeiro pai. "Para mim, foi uma experiência perturbadora, mas a partir de então várias coisas do passado passaram a fazer sentido. O maior choque foi saber que Jan-Carl não era meu pai biológico e que meus irmãos e irmãs, com quem havia crescido, eram meio-irmãos. E que além disso tenho outros meio-irmãos", disse.

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