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11/12/2004
-
09h00
LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S.Paulo, no Rio
Em sua entrevista coletiva anual, Roberto Carlos voltou a vestir azul para enfrentar dezenas de repórteres e fotógrafos. Mas o Rei que falou durante uma hora e 15 minutos ontem, no Rio, esteve praticamente nu, como poucas vezes em outros anos.
Tratado por ele com extremo bom humor, o tema dominante foi o tratamento que faz desde maio contra o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), síndrome que ajudaria a explicar suas lendárias superstições.
Ele começou a falar dela quando foi questionado se não voltaria a cantar "Quero que Tudo Vá pro Inferno", rock que baniu por causa da palavra diabólica.
"Durante muito tempo, as superstições foram vistas por mim mesmo como superstições. Mas, graças à ciência, cheguei à conclusão de que o que eu tenho é TOC. Tenho só superstições comuns. Com o tratamento, quem sabe eu não volte a cantar ["Quero que Vá Tudo pro Inferno"]...", afirmou.
A pergunta foi motivada por um misto de gafe e excesso de ridículo: quando Roberto entrou na sala para a coletiva, sua gravadora (Sony) botou para tocar a música-tabu, interpretada por ele em 1965. Só que na hora do refrão, entrava a voz de Cid Moreira recitando um salmo bíblico.
O disco de 1965 é um dos oito dos anos 60 que estão sendo relançados numa caixa (cerca de R$ 230). A seguir virão anos 70 (março de 2005), 80 (julho), 90/2000 (setembro) e discos internacionais (dezembro). A primeira caixa sai com o DVD "Pra Sempre ao Vivo no Pacaembu" (R$ 50), gravado neste ano. Existe um CD homônimo, que só pode ser adquirido junto com o DVD (entre R$ 65 e R$ 70, segundo a Sony).
Questionado pela Folha se não achava um preço alto demais para seu público, Roberto, primeiramente, não pôde responder, porque o vice-presidente de marketing da gravadora, Alexandre Schiavo, começou a dar explicações. Quando conseguiu falar, foi claro. "Acho caro sim. Porque meu público é muito popular e não sei se vai comprar um produto meu por esse preço. O DVD é mesmo bem mais caro do que o CD. Então, não há o que a gente possa fazer. Senão, faria", disse.
A religião também já não é a mesma para o Rei. "Eu me considero um cara realista. A fé não remove montanhas. Não muda o curso das coisas, muda você. Mas mover a montanha, não move mesmo. Não me iludo", afirmou.
Indicando que está mesmo mudando, Roberto só falou de Maria Rita duas vezes e no final da entrevista. "Todos os Natais que passei com Maria Rita foram inesquecíveis. Nunca vou superar a ausência física dela, mas estou aprendendo a conviver com isso."
O CD está caro para o grande público, mas o especial da TV Globo está mantido, embora a emissora não tenha aceitado gravá-lo no Maracanã, como o cantor queria. "Às vezes acontece uma coisinha ou outra, mas minha relação com a Globo é ótima", despistou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o cantor Roberto Carlos
"Fé não move a montanha", diz Roberto Carlos
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Em sua entrevista coletiva anual, Roberto Carlos voltou a vestir azul para enfrentar dezenas de repórteres e fotógrafos. Mas o Rei que falou durante uma hora e 15 minutos ontem, no Rio, esteve praticamente nu, como poucas vezes em outros anos.
Tratado por ele com extremo bom humor, o tema dominante foi o tratamento que faz desde maio contra o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), síndrome que ajudaria a explicar suas lendárias superstições.
Ele começou a falar dela quando foi questionado se não voltaria a cantar "Quero que Tudo Vá pro Inferno", rock que baniu por causa da palavra diabólica.
"Durante muito tempo, as superstições foram vistas por mim mesmo como superstições. Mas, graças à ciência, cheguei à conclusão de que o que eu tenho é TOC. Tenho só superstições comuns. Com o tratamento, quem sabe eu não volte a cantar ["Quero que Vá Tudo pro Inferno"]...", afirmou.
A pergunta foi motivada por um misto de gafe e excesso de ridículo: quando Roberto entrou na sala para a coletiva, sua gravadora (Sony) botou para tocar a música-tabu, interpretada por ele em 1965. Só que na hora do refrão, entrava a voz de Cid Moreira recitando um salmo bíblico.
O disco de 1965 é um dos oito dos anos 60 que estão sendo relançados numa caixa (cerca de R$ 230). A seguir virão anos 70 (março de 2005), 80 (julho), 90/2000 (setembro) e discos internacionais (dezembro). A primeira caixa sai com o DVD "Pra Sempre ao Vivo no Pacaembu" (R$ 50), gravado neste ano. Existe um CD homônimo, que só pode ser adquirido junto com o DVD (entre R$ 65 e R$ 70, segundo a Sony).
Questionado pela Folha se não achava um preço alto demais para seu público, Roberto, primeiramente, não pôde responder, porque o vice-presidente de marketing da gravadora, Alexandre Schiavo, começou a dar explicações. Quando conseguiu falar, foi claro. "Acho caro sim. Porque meu público é muito popular e não sei se vai comprar um produto meu por esse preço. O DVD é mesmo bem mais caro do que o CD. Então, não há o que a gente possa fazer. Senão, faria", disse.
A religião também já não é a mesma para o Rei. "Eu me considero um cara realista. A fé não remove montanhas. Não muda o curso das coisas, muda você. Mas mover a montanha, não move mesmo. Não me iludo", afirmou.
Indicando que está mesmo mudando, Roberto só falou de Maria Rita duas vezes e no final da entrevista. "Todos os Natais que passei com Maria Rita foram inesquecíveis. Nunca vou superar a ausência física dela, mas estou aprendendo a conviver com isso."
O CD está caro para o grande público, mas o especial da TV Globo está mantido, embora a emissora não tenha aceitado gravá-lo no Maracanã, como o cantor queria. "Às vezes acontece uma coisinha ou outra, mas minha relação com a Globo é ótima", despistou.
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