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13/12/2004 - 09h27

Pires da Costa quer manter Bienal de São Paulo gratuita

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FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo

A gratuidade, maior inovação da Bienal de São Paulo deste ano, deverá ser mantida em sua próxima edição, ao menos é o que deseja o presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa: "Gosto de pensar na hipótese de a Bienal continuar gratuita, pois é importante que ela seja democrática."

Até a última terça, 735.504 visitantes haviam passado pela entrada do pavilhão da Bienal no Ibirapuera, o que já se configura como recorde de público do evento, aberto só até o próximo dia 19.

A edição anterior, que ostentava tal feito, havia recebido cerca de 670 mil pessoas, numa média de 9.436 pessoas por dia.

Entretanto, a média da atual edição --10.075 pessoas por dia-- não representa um aumento substancial de público, se for levada em conta justamente a gratuidade da Bienal, o que não ocorreu na vez passada.

A expectativa do presidente da Fundação é de pelo menos 1 milhão de visitantes. "Estamos fazendo um esforço de mídia para chamar mais público nestes últimos dias, mas mesmo que não cheguemos a 1 milhão, o que vale é o espírito aberto que demos a esta edição", reforça Pires da Costa, que deve permanecer no cargo na próxima edição.

Apenas no próximo ano será eleito o novo presidente da Fundação, pois os estatutos da entidade afirmam que só pode ocorrer a eleição após a prestação de contas da edição anterior, o que, segundo Pires da Costa, dever ocorrer no fim de janeiro ou no começo de fevereiro. Contudo, desde a abertura desta 26ª Bienal, em setembro passado, diversos conselheiros têm manifestado apoio à continuidade de Pires da Costa, que não esconde seu desejo de permanecer no cargo: "Tenho recebido vários apelos de conselheiros para permanecer e sou um soldado".

Com isso, a grande questão é quem será o curador da próxima Bienal. Vários nomes circulam entre os especialistas em arte, como o da francesa Catherine David, que, em 1997, foi responsável pela Documenta de Kassel, a exposição que mais alcança repercussão na cena contemporânea. "Eu nem sei quem ela é. Não estou sabendo de nada", afirma Pires da Costa.

"Hoje eu gostaria de ver um curador brasileiro à frente da Bienal, mas ainda vou conversar com muita gente. Acho também que é sempre interessante ter mais que uma cabeça para se pensar a Bienal, por isso talvez escolhamos um time", diz o presidente.

Alfons Hug, o curador das últimas duas edições da mostra, continua a exercer poder na Bienal no entanto. Ele foi escolhido por Pires da Costa para indicar a representação brasileira na próxima Bienal de Veneza, em junho de 2006, fato raro, pois em geral o curador que escolhe os brasileiros na mostra italiana é o mesmo que cuida da próxima edição da Bienal de São Paulo. Em 2003, Hug indicou Rosângela Rennó e Beatriz Milhazes. Segundo Pires da Costa, Hug ainda não escolheu os nomes dos artistas.

Hug tampouco encontra-se em São Paulo. Ele está no exterior, cuidando da itinerância da Bienal paulista, que irá circular, de março a maio do próximo ano, por duas capitais do Brasil, Salvador e Alagoas, e outras três do exterior: Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina) e Lima (Peru).

26ª BIENAL DE SÃO PAULO. Mostra com obras de 135 artistas de 62 países. Curadoria: Alfons Hug. Quando: de seg. a qui., das 9h às 22h; sex. a dom., das 9h às 23h. Até 19/12. Onde: Pavilhão da Bienal (parque Ibirapuera, portão 3, tel. 0/xx/ 11/5574-5922). Quanto: entrada franca. Patrocínio: Petrobras, Banco do Brasil, BM&F, Bovespa, Nestlé e Votorantin, entre outros.

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