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11/02/2005 - 14h02

Morre aos 89 anos o dramaturgo norte-americano Arthur Miller

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da Folha Online

O dramaturgo norte-americano Arthur Miller, 89 anos, morreu nesta sexta-feira vítima de um câncer, complicado por pneumonia e problemas cardíacos, anunciou a imprensa dos Estados Unidos.

Antes da divulgação da notícia, o jornal "New York Post" havia informado que a família do escritor estava junto dele, pois era delicado o estado de saúde do autor de "A Morte do Caixeiro Viajante".

AP
Arthur Miller em 1956
Ex-marido da atriz Marilyn Monroe, Miller também escreveu "As Bruxas de Salem", adaptado para o cinema em 1996 pelo diretor Nicholas Hytner.

Miller tinha recebido alta do centro oncológico Memorial Sloan Kettering de Nova York há algumas semanas para viver no apartamento da irmã. A seu pedido, foi levado na terça-feira para sua fazenda de Roxbury, em Connecticut, comprada com Marilyn Monroe em 1958.

Quando morreu, estavam ao seu lado a filha Rebecca, atriz casada com o ator britânico Daniel Day-Lewis, seus netos e sua companheira 55 anos mais jovem, a pintora Agnes Barley.

Biografia

Considerado um dos principais autores do teatro norte-americano contemporâneo, Arthur Miller nasceu na cidade de Nova York em 1915.

Logo após estudar na Universidade de Michigan, iniciou sua carreira como autor de dramas e se tornou escritor para o rádio. Seu primeiro sucesso foi o romance "Focus", de 1945, que trata do anti-semitismo.

Apenas três anos mais tarde, em 1949, ele escreveu sua peça mais importante, "Morte de um Caixeiro Viajante", vencedora do Prêmio Pulitzer.

Em 1960, montou o roteiro do filme "Os Desajustados" para sua segunda esposa, a atriz Marilyn Monroe. O casamento infeliz com a musa, aliás, foi inspiração para composição da peça "After the Fall" ("Depois da Queda"), de 1964.

A obra de Miller, como um todo, faz crítica contundente à sociedade de seu país. Destaca-se também por protestar contra a falta de liberdade de expressão e a perseguição aos comunistas no período do macartismo.

Miller se tornou um herói dos intelectuais da esquerda americana justamente durante esse período, quando foi chamado ante o Comitê de Atividades Antiamericanas da Câmara de Representantes, em 1956, e se recusou a dizer o nome dos comunistas que conhecia.

Com France Presse


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