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17/04/2005 - 09h20

Globo atira comédia na guerra das sete

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ISABELLE MOREIRA
da Folha de S. Paulo

Ainda que com menos "nobreza" e poder que o horário das 21h, a faixa das 19h virou um campo de batalha de novelas na TV aberta. Depois de enfrentar uma nova concorrência --por parte da Record, que chegou a bater o SBT em seis pontos na última semana com o remake de "A Escrava Isaura"--, a Globo abandona o gênero açucarado que marcou o horário nas duas últimas produções e estréia amanhã a comédia "A Lua me Disse".

Com texto assinado por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, "A Lua", além de resgatar o gênero de humor como forma de vencer o desgaste da história romântica causada pela problemática "Começar de Novo", inaugura novo formato, menor, com cerca de 120 capítulos. A antecessora, "Começar", teve 196 capítulos, mas quase teve sua duração encurtada devido à audiência insatisfatória e a uma crise de estafa e de hipertensão arterial do autor, Antonio Calmon.

Na tentativa de fugir da fórmula do amor, os autores de "A Lua", Falabella e Barbosa, definem a novela como uma "neochanchada pop", com a justificativa de que segue, ao mesmo tempo, o formato de folhetim clássico e por estar inserida em um universo histericamente popular. Folhetim clássico, que fique claro, ao estilo de Miguel Falabella.

Assim como "Salsa e Merengue" (Globo, 1996), também do autor, ator e diretor, "A Lua" terá um caso de doença grave, uma família muito rica, um núcleo pobre extravagante e colorido (Travessa do Vintém, em "Salsa", e Beco da Baiúca, em "A Lua") e, inevitavelmente, um romance fatalmente complicado pela família de um dos pombinhos. Além disso, terá personagens caricatos e cores, no figurino e nos cenários, que chegam a lembrar um filme do diretor de cinema espanhol Pedro Almodóvar ("Ata-Me").

Todo esse pacote entrará amanhã às 19h com a tarefa de elevar uma média de audiência de cerca de 30 pontos que "Começar de Novo" atingiu em sua penúltima semana de exibição e de derrubar a média de 14,4 pontos alcançada por "A Escrava Isaura" na mesma época na Record. Como mais um fator de pressão, "A Lua" tem ainda o exemplo de "Da Cor do Pecado", que chegou a registrar 47 pontos de audiência com 72% das TVs ligadas em sua última fase.

Para ter sucesso, segundo Maria Carmem Barbosa, co-autora da trama, "é importante ter uma boa história que, de alguma forma, toque o público".
Dessa maneira, junto a Falabella, Barbosa criou a história de Heloísa (Adriana Esteves), moradora do Beco da Baiúca que se apaixona pelo herdeiro de Ester Bogari (Zezé Polessa), sócia do banco Benate Bogari, que não admite o romance.

Heloísa engravida, o pai da criança morre e o filho jamais é reconhecido como herdeiro, até dez anos mais tarde, quando a avó passa a brigar por sua guarda. Para complicar a trama um pouquinho mais --ou usar mais um clichê--, o outro filho da malvada Ester, Gustavo (Wagner Moura), também é apaixonado por Heloísa e, depois de um beijo roubado, deve lutar pelo amor da mocinha com um rival tão galã quanto ele (Marcos Pasquim).

Até aí, não há muita mudança em relação aos romances anteriores. O diferencial fica por conta de histórias como a das empregadas domésticas que ganham uma mansão de herança e passam a dividi-la com os antigos patrões, as lojas batizadas Frango com Tudo Dentro e Peru do Papo Gordo e uma série de outros devaneios que devem marcar o resgate do estilo no horário das 19h.

Especial
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