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29/04/2005
-
09h01
PEDRO IVO DUBRA
do Guia da Folha
A epopéia euclidiana de José Celso Martinez Corrêa, 68, aproxima-se de sua etapa derradeira com "Os Sertões - A Luta: Primeira Parte", que entra em cartaz no teatro Oficina a partir de amanhã, dia 30.
Iniciado em 2002 --já foram adaptados "A Terra" e "O Homem" os dois blocos iniciais do livro de 1902 lançado por Euclydes da Cunha (1866-1909), sobre a guerra de Canudos--, o "musical épico brasileiro" alcança as três primeiras (e malsucedidas) expedições militares que tentaram exterminar o arraial de sertanejos de Antônio Conselheiro.
A arrematar a trama, há um epílogo em que são retratadas as agitações na rua do Ouvidor, no Rio, ocorridas em decorrência do fracasso das tropas. A quarta e última expedição, que conseguiu dar fim a Canudos em 1897, é matéria da segunda parte da peça, prevista para o segundo semestre.
Evidentemente, em se tratando de Zé Celso e do grupo Oficina Uzyna Uzona, a sinopse se alarga e abarca dados do momento, sem ligações imediatas com os acontecimentos narrados, e espocam menções a outros contextos --a escolha do novo papa, Bento 16, e a sua "ditadura do relativismo", por exemplo.
Para o encenador, desde que estreou, três anos atrás, "Os Sertões" contribuiu para o amadurecimento do elenco, que transitou de uma forma de atuação mais coral, coletiva, para a progressiva lapidação individual de atores. "'A Luta' trabalha com a protagonização", afirma.
Entre as novidades, estão algumas mudanças no espaço: o chão de madeira ganhou galerias subterrâneas com novas passagens. O músico Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) junta-se à banda responsável pela trilha sonora.
A peça é dedicada a Oswald de Andrade e a Silvio Santos, empresário com quem o grupo tenta acertar a conciliação da construção do seu Teatro de Estádio com a edificação de um shopping na mesma vizinhança.
Oficina (r. Jaceguai, 520, Bela Vista, região central, tel. 3106-2818). 350 lugares. Sáb. e dom.: 18h. Até 19/6. 360 min. Ingr.: R$ 30.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre José Celso Martinez Corrêa
Leia o que já foi publicado sobre o teatro Oficina
Teatro Oficina estréia nova adaptação da obra de Euclydes da Cunha
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do Guia da Folha
A epopéia euclidiana de José Celso Martinez Corrêa, 68, aproxima-se de sua etapa derradeira com "Os Sertões - A Luta: Primeira Parte", que entra em cartaz no teatro Oficina a partir de amanhã, dia 30.
Iniciado em 2002 --já foram adaptados "A Terra" e "O Homem" os dois blocos iniciais do livro de 1902 lançado por Euclydes da Cunha (1866-1909), sobre a guerra de Canudos--, o "musical épico brasileiro" alcança as três primeiras (e malsucedidas) expedições militares que tentaram exterminar o arraial de sertanejos de Antônio Conselheiro.
A arrematar a trama, há um epílogo em que são retratadas as agitações na rua do Ouvidor, no Rio, ocorridas em decorrência do fracasso das tropas. A quarta e última expedição, que conseguiu dar fim a Canudos em 1897, é matéria da segunda parte da peça, prevista para o segundo semestre.
Evidentemente, em se tratando de Zé Celso e do grupo Oficina Uzyna Uzona, a sinopse se alarga e abarca dados do momento, sem ligações imediatas com os acontecimentos narrados, e espocam menções a outros contextos --a escolha do novo papa, Bento 16, e a sua "ditadura do relativismo", por exemplo.
Para o encenador, desde que estreou, três anos atrás, "Os Sertões" contribuiu para o amadurecimento do elenco, que transitou de uma forma de atuação mais coral, coletiva, para a progressiva lapidação individual de atores. "'A Luta' trabalha com a protagonização", afirma.
Entre as novidades, estão algumas mudanças no espaço: o chão de madeira ganhou galerias subterrâneas com novas passagens. O músico Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) junta-se à banda responsável pela trilha sonora.
A peça é dedicada a Oswald de Andrade e a Silvio Santos, empresário com quem o grupo tenta acertar a conciliação da construção do seu Teatro de Estádio com a edificação de um shopping na mesma vizinhança.
Oficina (r. Jaceguai, 520, Bela Vista, região central, tel. 3106-2818). 350 lugares. Sáb. e dom.: 18h. Até 19/6. 360 min. Ingr.: R$ 30.
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