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19/05/2005 - 10h37

Lisette Lagnado assume a 27ª Bienal de SP

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FABIO CYPRIANO
da Folha de S. Paulo

Lisette Lagnado. Nos próximos 16 meses esse é o nome da curadora mais assediada no país, graças ao cargo para o qual acabou de ser eleita, ontem, como responsável pela 27ª Bienal de São Paulo, que tem início previsto para setembro de 2006. Lagnado terá quatro co-curadores: Cristina Freire, do Museu de Arte Contemporânea da USP, a espanhola Rosa Martinez, atual co-curadora da Bienal de Veneza, Adriano Pedrosa, co-curador do Insite 05, José Roca, da Biblioteca Lis Angel Arango, em Bogotá, na Colômbia, além de Denise Grinspun, responsável pela ação educativa.

Segundo Lagnado, 44, "a Bienal terá um número reduzido de artistas, para que cada um possa comparecer com um conjunto representativo de seu trabalho". O tema, "Blocos sem Fronteiras", parte da definição de artista construtor: "Tomo emprestada essa idéia de Hélio Oiticica, para quem construtor é uma figura capaz de modificar a maneira de ver e de sentir, mas sem rezar pela cartilha do formalismo".

A Bienal será organizada em sete blocos, em vez de núcleos e segmentos, conceito também desenvolvido a partir das idéias de Oiticica, nesse caso das Cosmococas. "Elas tinham idéia de conglomerado, e bloco é bloco de Carnaval, portanto uma palavra que dá noção de coletivo. Bloco também tem uma conotação política", diz.

Os sete blocos terão artistas brasileiros, antecipados por seminários internacionais, de acordo com as seguintes temáticas: Conglomerado em Construção, Novas Formas de Participação na Arte: Parcerias, Participação e Trocas; Porque Tantas Ruínas e Vontade de Memória; Do Cinetismo às Participações Sociais; Filmes de Artistas e Documentários; O Acre: de Território a Estado; e Marcel 30, uma homenagem ao 30 anos da morte do artista belga Marcel Broodthaers (1924-1976).

Segundo Lagnado, a mostra não terá os núcleos históricos, "por orientação da própria direção da Bienal, que considera essa uma missão já bem cumprida e que a instituição deve valorizar o que está para vir".

O processo de escolha, inédito na Bienal, foi desencadeado pelo presidente da instituição, Manuel Francisco Pires da Costa, que indicou uma comissão curatorial, composta por Elizabeth Machado, Evelyn Berg Ioschpe, Eleonora Mendes Caldeira e Maria Ignez Corrêa da Costa Barbosa, que indicaram quatro curadores para apresentarem projetos e escolheram uma equipe externa para avaliar tais projetos. Aceitaram o pedido Anna Maria Belluzzo, Paulo Venâncio e Lagnado.

Anteontem e ontem, os curadores da comissão de seleção estiveram reunidos em sistema de videoconferência para tomar a decisão, após entrevistar os candidatos. Os membros dessa equipe foram os brasileiros Paulo Herkenhoff e a historiadora Aracy Amaral, mais a norte-americana Lynn Zelevansky, do County Museum de Los Angeles, o espanhol Manuel J. Borja-Villel, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, e João Fernandes, do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.

O resultado coincide com enquete realizada pelo site Canal Contemporâneo que, ontem pela manhã, indicava Lisette Lagnado com 55% de aprovação, num total de 93 votantes espontâneos.
Segundo Pires da Costa, a próxima edição da mostra também terá entrada gratuita, a exemplo da última edição, que bateu o recorde de público, com 917 mil visitantes.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Lisette Lagnado
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