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21/05/2005 - 10h12

Pesquisa traça perfil do público da parada gay em SP

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da Folha Online

Uma pesquisa inédita em São Paulo será feita na 9ª Parada do Orgulho GLBT, que ocorre no próximo dia 29 de maio, na avenida Paulista. O objetivo do estudo, já feito em Porto Alegre (2004) e no Rio de Janeiro (2003 e 2004), é identificar o perfil do público presente à maior parada gay do mundo --não só o homossexual, mas também o heterossexual.

"Queremos conhecer melhor as relações afetivo-sexuais e dos integrantes do movimento GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros). Assim, teremos subsídios para traçar políticas públicas específicas", explica Regina Facchini, ligada à Unicamp e uma das coordenadoras locais da pesquisa. O projeto também é coordenado por Julio Simões, do Departamento de Antropologia da USP.

Essas duas instituições públicas paulistas se juntam aos outros dois centros de estudos pioneiros no trabalho, ambos do Rio de Janeiro: o Clam (Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), da Universidade Cândido Mendes.

"A verdade é que poucas pessoas estudam a sexualidade no Brasil. Quando conheci este trabalho do Clam, logo quis trazer para São Paulo. Mas a operacionalização não é fácil. É caro, precisa de pessoal treinado. Mas agora, após um ano de trabalho, conseguimos", afirma Regina, que fez mestrado em antropologia e faz doutorado em Estudos de Gênero na Unicamp.

Regina destaca que as violações aos direitos humanos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais são freqüentemente denunciadas pelos grupos ativistas brasileiros. No entanto, quando se procura formular respostas políticas para garantir os direitos dessa população, muitas vezes a ausência de dados a esse respeito torna-se uma barreira.



Questionário

O projeto, intitulado "Política, Direitos, Violência e Homossexualidade", traz questões sobre a identidade sexual do entrevistado, sua relação conjugal, filhos, saúde, mobilização e conhecimento do movimento gay, ocorrências de discriminação e violências sofridas e, por fim, uma pesquisa de opinião sobre itens políticos, como a união civil.

"Não é exatamente o mesmo questionário usado no Rio. Adaptamos as perguntas após discussões com representantes do movimento de São Paulo pata atender a dúvidas específicas", explica Renato Baldin, vice-presidente da Associação do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo.

Responder ao questionário inteiro dura dez minutos. "Se a pessoa entrevistada se declara heterossexual, responde apenas às últimas questões", explica Regina. Segundo ela, cerca de cem ativistas e voluntários estarão espalhados na avenida Paulista, usando uma camiseta branca com a inscrição "pesquisa". "Basta nos procurar. Serão dez minutos muito importantes para a causa gay", diz ela.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre parada gay
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