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26/05/2005 - 16h59

Feira no Arouche atrai assumidos e simpatizantes antes da parada gay

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CAMILA MARQUES
da Folha Online

A Feira Cultural no Largo do Arouche, no centro da cidade, abriu hoje a programação oficial de eventos que precede a 9ª Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo, marcada para domingo, na avenida Paulista. A feira começou às 12h e segue até as 23h.

Na quinta edição, o evento reúne 30 tendas com produtos variados de design, moda, antiquários, artesanatos e livrarias. Nas tendas, a maioria dos objetos à venda apresenta a identidade GLBT ou remete a símbolos do movimento, como a bandeira do arco-íris, presente em adesivos, camisetas e botons.

Há ainda um palco montado na rua, onde acontecem diversas apresentações. São ativistas, drag queens, transformistas, companhias de dança e conjuntos musicais, entre outros. Nos intervalos, um DJ comanda o som, tocando basicamente música eletrônica.

Público

Entre as tendas está, por exemplo, a da Amam (Associação das Mulheres que Amam Mulheres). "Antes a feira era freqüentada apenas por homossexuais. Hoje vemos casais heteros, crianças. Acho que é reflexo do amadurecimento da população", diz Mana (Maria Stella Moreira Pires), presidente da entidade que existe há cinco anos. Mana é militante do movimento feminista desde 1975 e do movimento homossexual há 13 anos.

"Moramos aqui perto e viemos aproveitar o sol. Para mim, não faz diferença se é uma festa gay ou não, acho todo mundo igual", disse à Folha Online Fernanda Menezes, 28, que passeava pela feira ao lado do marido, Alexandre Silva, 32, da filha, Priscila, 6, e dos dois cachorros. "É legal. Tem bastante arco-íris", respondeu Priscila, por sua vez, à pergunta sobre o que estava achando do passeio e feliz com uma pulseira colorida no pulso.

Priscila e outras crianças podem entrar em quase todas as tendas da feira, com exceção da que abriga o novo canal gay da Globosat, o ForMan --um dos patrocinadores oficiais da parada. Entre risos, homens e mulheres olhavam por um pequeno buraco para descobrir o que estava dentro do tapume colorido: uma amostra da programação de filmes eróticos que o canal oferece.

Um deles era Zé, que estava no Arouche acompanhado da mulher, a secretária Patrícia, 45 anos. "Meu marido leu no jornal sobre a feira e resolvemos vir", afirmou. Apesar de dizer que não tem preconceito contra homossexuais, Patrícia não quis que seu sobrenome fosse publicado.

Ao contrário dela, o casal de aposentados Alberto Faria, 62, e Maria Aparecida Faria, 64, fizeram questão de contar que estavam na feira a convite do neto, Renato. "Ele tem 25 anos e nos contou há algum tempo que era gay. Não vimos problemas. Ele é um menino trabalhador, que respeita o próximo e não incomoda ninguém", disse Maria, que era professora. "Eu estou gostando. Só acho a música meio alta", afirmou por sua vez Alberto.

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