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01/06/2005 - 09h10

Cidade cenográfica de "A Selva" vira museu de seringueiros

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CAMILA MARQUES
da Folha Online

Ao contrário do que acontece com a maioria das cidades cenográficas montadas em ambientes abertos, fora de estúdios, a estrutura usada durante as filmagens do filme "A Selva", do diretor português Leonel Vieira, continua de pé. A sede do Seringal Paraíso, a Vila Paraíso, onde transcorre a trama em plena selva Amazônia, foi feita de alvenaria e, hoje, abriga um museu.

Divulgação
Filme é co-produção de Brasil, Espanha e Portugal
Filme é co-produção de Brasil, Espanha e Portugal
O local, visitado por excursões escolares e turistas desde 2001, quando as filmagens terminaram, expõe trajes e objetos usados pelos personagens, além de outros documentos que narram a história da extração de borracha e dos seringais no início do século 20.

O projeto foi viabilizado porque dos R$ 10 milhões investidos no longa-metragem (mesmo orçamento do filme "Carandiru", por exemplo), R$ 600 mil vieram da Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto do Amazonas. Há quatro anos, quando anunciou a parceria, o secretário Robério Braga disse que era "um preço muito baixo para o retorno que um filme rodado na Amazônia trará para a imagem do Estado."

Mas a construção real é apenas um dos itens que demonstram o tamanho do trabalho que teve a equipe de produção de "A Selva". Segundo Bob Costa, produtor do longa, mais de 1.200 figurantes foram contratados para participar de uma cena que mostrava a Praça do Comércio de Manaus, por exemplo --na edição, feita na Espanha, porém, ela foi cortada. Outro número alto é o de reservas em hotéis: nos dois meses que durou a gravação, foram nada menos do que 5.000 vagas usados por dia.

Também era diário o transporte dos cavalos, em uma barca do Exército, para a cidade cenográfica na selva, localizada a 50 quilômetros (cerca de 20 minutos) do porto de Manaus.

"A equipe de produção saía primeiro, em um barco mais lento, e os atores iam depois, para ganhar tempo. A logística foi minimamente pensada", disse Bob Costa.

As câmeras e demais materiais técnicos, porém, "dormiam" na mata, em um tipo de caminhão-estufa que ficava constantemente ligado a um desumidificador --o ar na Amazônia tem maior quantidade de água do que em qualquer outra região do país.

A trilha sonora também merece destaque. Foi toda gravada pela Orquestra de Praga especialmente para o filme.

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