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04/06/2005
-
09h30
da Folha de S. Paulo
Abrem-se novas alas para o cinema independente. A partir do próximo dia 11, o prédio que antes abrigava o Cine Gazetinha, no histórico marco zero da avenida Paulista, passará a sediar a Reserva Cultural, um espaço de quatro salas dedicado sobretudo à exibição dos chamados "filmes de arte". Além do cinema, haverá restaurante, bar e um ambiente para eventos culturais variados.
A concepção do projeto é do empresário francês Jean Thomas Bernardini, proprietário da distribuidora de filmes Imovision, que faz parte da recém-nascida Abradi (Associação Brasileira dos Distribuidores Independentes). "Sempre nos dedicamos com unhas e dentes à distribuição dos filmes independentes. Agora é a hora de darmos uma mãozinha em sua exibição", afirmou.
A programação inaugural, definida para a primeira semana, mostra a que veio o espaço. Serão oito filmes produzidos e co-produzidos por um total de dez países diferentes. Nenhum norte-americano. A seleção inclui o francês "Clean" (Olivier Assayas), o brasileiro "Mulher" (Octavio Gabus Mendes), filme de 1931, e o japonês "Dolls" (Takeshi Kitano). Todos são distribuídos pela Imovision.
Bernardini promete, entretanto, que os filmes de sua empresa não terão prioridade. E esclarece: "Não luto contra o cinema americano. Só acho que filmes ruins não devam ser exibidos".
O projeto não está disposto, porém, a abrir mão do público dessas produções. A intenção é cativá-lo com outras atrações, como a música ao vivo no restaurante. "Queremos trazer um público diversificado e aos poucos mostrar que o cinema independente não é só cultura mas também diversão", diz Bernardini.
Para ajudar o público mais deslocado, todos os funcionários têm algum elo com o tipo de cinema exibido. Ter trabalhado em festivais de cinema, por exemplo, foi um dos critérios de seleção. Christian Kwiek, 27, que opera o projetor, ilustra esse viés. Argentino, constitui a terceira geração de projecionistas na família e se diz amante do cinema europeu.
As quatro salas, das quais por enquanto apenas uma está concluída, poderão receber simultaneamente um total de 593 espectadores. O espaço terá também cinco telões de plasma para veicular curtas, entrevistas e trechos de making of. O preço dos ingressos será de R$ 16, com meia-entrada para estudantes e idosos.
Especial
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SP tem novo espaço para cinema independente
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Abrem-se novas alas para o cinema independente. A partir do próximo dia 11, o prédio que antes abrigava o Cine Gazetinha, no histórico marco zero da avenida Paulista, passará a sediar a Reserva Cultural, um espaço de quatro salas dedicado sobretudo à exibição dos chamados "filmes de arte". Além do cinema, haverá restaurante, bar e um ambiente para eventos culturais variados.
A concepção do projeto é do empresário francês Jean Thomas Bernardini, proprietário da distribuidora de filmes Imovision, que faz parte da recém-nascida Abradi (Associação Brasileira dos Distribuidores Independentes). "Sempre nos dedicamos com unhas e dentes à distribuição dos filmes independentes. Agora é a hora de darmos uma mãozinha em sua exibição", afirmou.
A programação inaugural, definida para a primeira semana, mostra a que veio o espaço. Serão oito filmes produzidos e co-produzidos por um total de dez países diferentes. Nenhum norte-americano. A seleção inclui o francês "Clean" (Olivier Assayas), o brasileiro "Mulher" (Octavio Gabus Mendes), filme de 1931, e o japonês "Dolls" (Takeshi Kitano). Todos são distribuídos pela Imovision.
Bernardini promete, entretanto, que os filmes de sua empresa não terão prioridade. E esclarece: "Não luto contra o cinema americano. Só acho que filmes ruins não devam ser exibidos".
O projeto não está disposto, porém, a abrir mão do público dessas produções. A intenção é cativá-lo com outras atrações, como a música ao vivo no restaurante. "Queremos trazer um público diversificado e aos poucos mostrar que o cinema independente não é só cultura mas também diversão", diz Bernardini.
Para ajudar o público mais deslocado, todos os funcionários têm algum elo com o tipo de cinema exibido. Ter trabalhado em festivais de cinema, por exemplo, foi um dos critérios de seleção. Christian Kwiek, 27, que opera o projetor, ilustra esse viés. Argentino, constitui a terceira geração de projecionistas na família e se diz amante do cinema europeu.
As quatro salas, das quais por enquanto apenas uma está concluída, poderão receber simultaneamente um total de 593 espectadores. O espaço terá também cinco telões de plasma para veicular curtas, entrevistas e trechos de making of. O preço dos ingressos será de R$ 16, com meia-entrada para estudantes e idosos.
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