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12/06/2005 - 09h35

Emissora quer lucrar com produtos de "Alma Gêmea"

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MARCELO BARTOLOMEI
Colaboração para a Folha, do Rio

Ao mesmo tempo em que tenta manter o conteúdo de suas novelas à altura da audiência, a Rede Globo, por meio de uma divisão comercial, aposta cada vez mais no lançamento de seus programas como produtos, alçados por meio de campanhas de marketing que vão além de chamadas durante a programação.

Como aconteceu em "Chocolate com Pimenta" (2003), do mesmo autor --quando foi firmado um acordo com uma rede de docerias que produziu durante a novela um bolo com os dois ingredientes--, o flerte com a área comercial se repetirá em "Alma Gêmea", em que a estratégia, liderada pela Globo Marcas, inclui a venda de flores e de um anel, ambos usados como símbolos dos protagonistas da trama.

As flores --simbolizadas nas rosas cultivadas pelo botânico Rafael (Eduardo Moscovis)-- já começaram a ser vendidas em floriculturas do Rio de Janeiro, de São Paulo e em lojas virtuais, pela internet. A ação vai até o dia 26, uma semana após a estréia da novela, e prevê a venda de arranjos com rosas brancas e vermelhas batizados com o nome da produção, ao custo de R$ 120 a R$ 180.

"Rosas são uma expressão do amor romântico. Quando a gente ama ou quer conquistar alguém, manda rosas. A rosa também é, tradicionalmente, um símbolo da alma", defende o autor, Walcyr Carrasco, em material divulgado pela CGCom (Central Globo de Comunicação).

Nas lojas, a emissora instalou banners que anunciam a estréia da novela e oferece também aos clientes a possibilidade de ganhar prêmios com os produtos da novela por meio de uma promoção.
Antes da estréia, a Globo também distribuirá rosas em restaurantes e locais públicos de São Paulo e do Rio.

O projeto mais ambicioso da trama, no entanto, é o anel "Alma Gêmea", sugestão do novelista. Desenvolvido por uma empresa brasileira do ramo de bijuteria, será vendido em dois modelos, banhados em prata e em ouro.

O anel é o elo do protagonista com sua mulher, Luna (Liliana Castro), que morre precocemente e reencarna na índia Serena (Priscila Fantin). Segundo sugestão do próprio Carrasco, é composto por três alianças. Quando aberto, forma um coração.

O anel chega ao mercado junto da novela, no dia 20, e custará, em média, R$ 70. Há projetos para exportar o anel quando o programa for exibido no exterior.

Carrasco diz que não vê problema na vinculação do conteúdo com o comercial. "Acho que as pessoas gostam de possuir um objeto. É uma forma de se sentirem incluídas na obra como um todo. A idéia do anel, inclusive, foi minha. Ganhei de uma amiga e resolvi que seria o anel da novela."

O "pacote" inclui o CD com a trilha sonora, criado "para cantar um amor que sobrevive à morte", segundo a emissora, com Roberto Carlos, Fábio Jr., Zélia Duncan e Maria Bethânia, entre outros.

Não é de hoje que produtos das novelas da Globo fazem sucesso entre o público. Os espectadores querem informações sobre os objetos de decoração das casas mostrados nas novelas, dos acessórios usados pelas atrizes e das roupas.

"América" também segue o modelo de novela-produto: assim que começou a ser exibida, já queria ditar moda com botas de uma famosa empresa calçadista de Franca (SP), um chapéu country e um álbum de fotos dos personagens vendido em bancas.
 

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