13/06/2005 - 17h13

Na prisão, Jackson pode ser vizinho de criminosos famosos nos EUA

da Folha Online

Se for considerado culpado, Michael Jackson deverá ser encaminhado para a prisão estatal de Corcoran, um refúgio para prisioneiros que exigem proteção extrema.

Apesar de ser conhecido por abrigar criminosos famosos nos Estados Unidos, como Charles Manson, condenado há 33 anos à prisão perpétua, o presídio está sendo comparado ao rancho Neverland, propriedade do cantor, pela tranqüilidade.

Por não ter registros de rebeliões ou casos de agressões, Corcoran costuma ser conhecido como um oásis no universo das prisões norte-americanas.

Em 1969, um grupo de seguidores de Mason invadiu a casa do diretor Roman Polanski, em Hollywood, matando sua mulher, Sharon Tate, que estava grávida, e mais quatro pessoas. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte.

Outro presidiário famoso em Corcoran é Juan Corona, que matou 25 pessoas nos anos 70. Ali também cumpria pena outra celebridades do crime, como Sirhan Bishara Sirhan, um jordaniano de origem palestina, que assassinou o senador Robert F. Kennedy, em Los Angeles, em 1968.

Corcoran é considerada um unidade tranquila, cujas regras permitem mais regalias aos presos. "Eles sabem que se trata de um lugar seguro e não desejam arruinar isso", disse Terry Thornton, porta-voz do Departamento Correcional.

O presídio com capacidade para 47 presos, abriga atualmente 21 condenados. Próximo a corte de Santa Maria, a 161 km de distância, o local está situado em um amplo complexo ao sul do vale de São Joaquim.

Cada cela tem uma cama de concreto, um lavabo, escritório e um vaso sanitário. É permitido aos presos ter televisão e rádio e acender a luz durante a noite.

Os alimentos são preparados pelo pessoal do presídio, não pelos presos. Os reclusos podem usar a sala de estar para ler, jogar xadrez ou assistir à TV. O pátio de exercícios está disponível por cinco horas e meia por dia. Há uma cesta de basquete e uma barra de exercícios, mas não há pesos.

Os presos podem tomar banho diariamente. Têm acesso à biblioteca legal e podem receber visitas aos fins de semana, até por cinco horas durante o dia. Compartilham um telefone e fazem chamadas durante horas determinadas.

Com agências internacionais

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