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15/06/2005 - 12h16

Editoras entram em disputa para publicar memórias de Jackson

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ROCÍO AYUSO
da EFE, em Los Angeles

O circo da mídia em torno do julgamento de Michael Jackson, absolvido de dez acusações na última segunda-feira, entre elas a de abuso sexual de um menor, deu lugar a uma guerra editorial para saber quem será o primeiro a vender as memórias do cantor.

Segundo afirma o jornal "Los Angeles Times", "o leilão já começou" e nem esperou o anúncio do veredicto. Enquanto as oito mulheres e os quatro homens do júri estavam deliberando, os familiares do artista receberam ofertas de editoras interessadas em publicar o que ele viveu.

Um agente literário de Los Angeles, que pediu anonimato, disse que as ofertas chegariam a US$ 1 milhão "especialmente se ele fosse considerado culpado". "E se for absolvido, o público também vai querer saber por quê", acrescentou.

Segundo Josh Behar, do editorial Harper Entertainment, a história que se venderia melhor seria a de Michael Jackson em suas próprias palavras.

Também teria uma boa aceitação a versão do advogado defensor Thomas Mesereau, uma figura muito conhecida no campo legal mas não no grande público, que agora ganhou fama ao conseguir a absolvição do artista.

Nenhuma dessas versões parece muito factível, porém. Behar afirmou que Jackson "pedirá milhões de dólares e uma liberdade completa". "Michael nunca dividirá a vida dele com o público", acrescentou.

Mesereau manteve até agora uma imagem reservada, oferecendo poucos detalhes da vida pessoal dele. Diante da ausência dos dois protagonistas com maior credibilidade, o campo fica aberto para os membros do júri.

Jurados

Segundo a legislação californiana, os membros do júri são obrigados a guardar silêncio após concluído o processo e também não podem cobrar para dar declarações. Isso não impediu, porém, que todos fossem muito entrevistados após o fim do julgamento.

O promotor do distrito, Tom Sneddon, o homem que tentou provar, pela segunda vez sem sucesso, as supostas atividades de pedofilia de Jackson, confirmou em entrevista coletiva as informações que falam de ofertas de editoras ao júri enquanto os membros estavam reunidos.

"Estamos investigando o caso", declarou. "Sei da proposta (de livro) de um júri e outro caso em que um representante me perguntou pelo meu interesse", disse o editor Michael Viner, de Los Angeles.

Esse tipo de livro não é nada novo e, no caso contra Scott Peterson, condenado neste ano à pena de morte pelo assassinato da esposa grávida, a dramatização escrita pela ex-namorada Amber Frey se transformou em um sucesso de vendas. No entanto, os membros desse júri nunca conseguiram entrar em acordo em uma oferta conjunta, pela qual aparentemente queriam US$ 1 milhão.

Outro dos sucessos literários vinculados ao mundo dos tribunais foi a biografia de Nicole Brown Simpson, escrito pela amiga Faye D. Resnick. O ex-atleta O. J. Simpson foi acusado, há mais de uma década, do assassinato da esposa Nicole Brown Simpson.

O problema com esse tipo de livro é que o prazo de vida, segundo os especialistas, é muito breve.

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