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20/06/2005
-
20h17
KARINA KLINGER
da Folha Online
Com efeitos especiais exagerados e pouco realistas e uma trilha sonora de mau gosto, a novela "Alma Gêmea", nova trama das seis, estreou hoje na Globo com audiência levemente superior a de sua antecessora.
Foram 35 pontos no Ibope e 53% de "share" na Grande São Paulo. Ou seja, do total de aparelhos ligados, 53% deles estão de olho na emissora carioca.
Em seu primeiro capítulo, a novela anterior ("Como Uma Onda") teve 33 pontos e 52% de share. Cada ponto eqüivale a cerca de 49,5 mil domicílios na Grande São Paulo.
Melodrama florido
Para contar a história de um amor reencarnado, a novela parece ter se inspirado nos filmes "Ghost" e "Amor Além da Vida", mas exacerbou um pouco no melodrama, que acabou beirando à comédia logo em sua estréia. O tema de abertura, na voz de Fábio Jr, a previsível "Alma Gêmea", não condiz com o clima do folhetim.
Nas cenas surreais da morte e volta do espírito da mocinha em um bebê predominou a breguice das imagens feitas em computador e visivelmente artificiais.
Por outro lado, a fotografia da novela de Walcyr Carrasco merece elogios. O figurino, o cenário, como a decoração de época e as paisagens, e as rosas criadas pelo protagonista da trama (um botânico) embelezam a tela.
Ainda não foram mostradas as cenas filmadas em Bonito, em Mato Grosso do Sul, que já aparecem em algumas chamadas.
"Alma Gêmea" narra a história de um botânico Rafael (Eduardo Moscovis), que perde a mulher, seu verdadeiro amor, e anos mais tarde, reencontra a sua alma gêmea em Serena (Priscila Fantin), uma bela mestiça, filha de índia com um garimpeiro branco, que vai trabalhar como empregada em sua mansão. A índia seria a reencarnação de sua ex-mulher.
Veteranas e texto salvam
A atriz Flavia Alessandra, no papel da vilã Cristina, começou pouco expressiva, mas terminou mostrando que promete fazer o público sofrer, embora tenha sido ajudada pelo texto impecável de Carrasco.
Mas não se pode fazer o mesmo elogio a Eduardo Moscovis, o mocinho da trama, que está meio canastrão, fazendo com que o telespectador tenha saudades do corrupto prefeito Naldo, de "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva.
O restante do elenco, como as veteranas Elizabeth Savala, Walderez de Barros e Drica Moraes, salvam a falta de expressividade dos colegas e devem roubar as cenas nos próximos capítulos.
A novela reforça mais uma vez o talento único da emissora carioca de recriar ambientes de época com perfeição, no caso os anos 20 e 40, e o texto de Carrasco cativa qualquer desinteressado em teledramaturgia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre "Alma Gêmea"
Crítica: Nova novela das 6, "Alma Gêmea" desabrocha com espinhos
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da Folha Online
Com efeitos especiais exagerados e pouco realistas e uma trilha sonora de mau gosto, a novela "Alma Gêmea", nova trama das seis, estreou hoje na Globo com audiência levemente superior a de sua antecessora.
Foram 35 pontos no Ibope e 53% de "share" na Grande São Paulo. Ou seja, do total de aparelhos ligados, 53% deles estão de olho na emissora carioca.
Em seu primeiro capítulo, a novela anterior ("Como Uma Onda") teve 33 pontos e 52% de share. Cada ponto eqüivale a cerca de 49,5 mil domicílios na Grande São Paulo.
Melodrama florido
Para contar a história de um amor reencarnado, a novela parece ter se inspirado nos filmes "Ghost" e "Amor Além da Vida", mas exacerbou um pouco no melodrama, que acabou beirando à comédia logo em sua estréia. O tema de abertura, na voz de Fábio Jr, a previsível "Alma Gêmea", não condiz com o clima do folhetim.
Nas cenas surreais da morte e volta do espírito da mocinha em um bebê predominou a breguice das imagens feitas em computador e visivelmente artificiais.
Por outro lado, a fotografia da novela de Walcyr Carrasco merece elogios. O figurino, o cenário, como a decoração de época e as paisagens, e as rosas criadas pelo protagonista da trama (um botânico) embelezam a tela.
Ainda não foram mostradas as cenas filmadas em Bonito, em Mato Grosso do Sul, que já aparecem em algumas chamadas.
"Alma Gêmea" narra a história de um botânico Rafael (Eduardo Moscovis), que perde a mulher, seu verdadeiro amor, e anos mais tarde, reencontra a sua alma gêmea em Serena (Priscila Fantin), uma bela mestiça, filha de índia com um garimpeiro branco, que vai trabalhar como empregada em sua mansão. A índia seria a reencarnação de sua ex-mulher.
Veteranas e texto salvam
A atriz Flavia Alessandra, no papel da vilã Cristina, começou pouco expressiva, mas terminou mostrando que promete fazer o público sofrer, embora tenha sido ajudada pelo texto impecável de Carrasco.
Mas não se pode fazer o mesmo elogio a Eduardo Moscovis, o mocinho da trama, que está meio canastrão, fazendo com que o telespectador tenha saudades do corrupto prefeito Naldo, de "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva.
O restante do elenco, como as veteranas Elizabeth Savala, Walderez de Barros e Drica Moraes, salvam a falta de expressividade dos colegas e devem roubar as cenas nos próximos capítulos.
A novela reforça mais uma vez o talento único da emissora carioca de recriar ambientes de época com perfeição, no caso os anos 20 e 40, e o texto de Carrasco cativa qualquer desinteressado em teledramaturgia.
Especial
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