04/07/2005 - 23h20

Cavalera encerra SP Fashion Week com irmãs cegas cantando ao vivo

CAMILA MARQUES
da Folha Online

Dizer que a marca Cavalera está para o mundo da moda, assim como o programa "Pânico" está para a televisão, é um bom modo de definir o conceito da grife. Justamente por "zombar" do contexto em que está inserida, e por não levar tão a sério as chamadas tendências, a loja faz tanto sucesso no 'mundinho'.

Prova disso é o privilégio que a marca tem: encerrou hoje o mais importante evento de moda do país, a São Paulo Fashion Week. E se não bastasse, conseguiu reunir o maior número de celebridades por metro quadrado da Bienal. Fato que, nesta edição escassa de celebridades, poderia ser classificado como um feito.

Estavam na primeira fila da apresentação Evandro Mesquita, Alessandra Negrini e o marido, o cantor Otto, Preta Gil, Marcelo Tas, Lobão e Mariana Weickert, Jairzinho, Ludmila Dayer e as cantoras Paula Lima e Pitty.

O desfile feminino da grife, assim como o masculino, foi inspirado no cangaço. Para ambientar a platéia, a Cavalera levou à passarela as irmãs e cantoras cegas Regina, Maria e Conceição, de Campina Grande (PB). As três são as personagens, do documentário 'A Pessoa é Para o que Nasce', abriram a apresentação cantando ao vivo.

Na seqüência, o que se viu foram peças variadas. As saias de tecidos pesados e marrons dividiram espaço com conjuntos de saias e blusas de renda. O jeans, peça chave da Cavalera, foi composto com blusas coloridas de tecidos leves e, claro, com as camisetas.

Sempre irreverentes, elas apareceram em variadas estampas. Uma delas trazia os dizeres 'Daslu Sertão Brasil', em alusão à sofisticada loja aberta recentemente. Desenhos de cactus e do agreste também foram usados.

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