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06/07/2005
-
13h10
BEATRIZ LECUMBERRI
da France Presse, em Paris
Ditadura, escravidão, racismo, luta pela terra e pobreza extrema: um lado obscuro do Brasil chegou à França nesta semana, dentro de um festival que analisa a situação dos direitos humanos no maior país da América Latina.
Após semanas desfrutando de uma imagem idílica e multicolorida do país, dentro dos eventos do Ano do Brasil na França, os parisienses estão descobrindo a discriminação racial em São Paulo, a luta do Movimento dos Sem Terra (MST), as conseqüências da ditadura e a vida dos que catam lixo no Rio de Janeiro.
O Brasil em Movimento faz parte da agenda de eventos do Ano do Brasil, mas é realizado discretamente, com pouca divulgação, num centro cultural parisiense, organizado pela associação Outros Brasis. O público, ainda que numeroso, está longe de atingir as milhares de pessoas que comparecem aos shows dos grandes nomes da música brasileira, às grandes exposições e aos espetáculos de carnaval.
"O objetivo da Outros Brasis é criar pontes entre Brasil e França e promover o intercâmbio de projetos sociais", afirmaram os organizadores. Sete grandes problemas da sociedade brasileira serão discutidos no festival, que termina no dia 10: Amazônia, ditadura e resistência, negros, trabalho escravo, direito à terra, luta do MST e acesso aos direitos fundamentais. "Como pano de fundo, haverá o balanço dos mais de dois anos de presidência de Luiz Inácio Lula da Silva", informaram os organizadores.
Serão apresentados ao público francês dois tipos de filmes: obras de cineastas conhecidos, como Tetê Moraes, Erika Bauer e Eduardo Coutinho, e filmes produzidos por ONGs e movimentos sociais.
"O Brasil é considerado uma potência emergente, como China e Índia. Seus movimentos sociais são protagonistas do movimento antiglobalização, que nasceu graças ao primeiro Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em 2001", explicaram os organizadores do festival. O teólogo e escritor Frei Betto, ex-coordenador do programa social Fome Zero, participará dos debates.
Por ocasião da visita a Paris do presidente brasileiro, na semana que vem, aumenta o número de eventos do Ano do Brasil na França, principalmente os de caráter social. Será organizado, por exemplo, o Fórum Franco-Brasileiro da Sociedade Civil, para discutir questões como a economia solidária, o desenvolvimento urbano, a agricultura familiar e a diplomacia não-governamental.
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O Brasil em Movimento faz parte da agenda de eventos do Ano do Brasil, mas é realizado discretamente, com pouca divulgação, num centro cultural parisiense, organizado pela associação Outros Brasis. O público, ainda que numeroso, está longe de atingir as milhares de pessoas que comparecem aos shows dos grandes nomes da música brasileira, às grandes exposições e aos espetáculos de carnaval.
"O objetivo da Outros Brasis é criar pontes entre Brasil e França e promover o intercâmbio de projetos sociais", afirmaram os organizadores. Sete grandes problemas da sociedade brasileira serão discutidos no festival, que termina no dia 10: Amazônia, ditadura e resistência, negros, trabalho escravo, direito à terra, luta do MST e acesso aos direitos fundamentais. "Como pano de fundo, haverá o balanço dos mais de dois anos de presidência de Luiz Inácio Lula da Silva", informaram os organizadores.
Serão apresentados ao público francês dois tipos de filmes: obras de cineastas conhecidos, como Tetê Moraes, Erika Bauer e Eduardo Coutinho, e filmes produzidos por ONGs e movimentos sociais.
"O Brasil é considerado uma potência emergente, como China e Índia. Seus movimentos sociais são protagonistas do movimento antiglobalização, que nasceu graças ao primeiro Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em 2001", explicaram os organizadores do festival. O teólogo e escritor Frei Betto, ex-coordenador do programa social Fome Zero, participará dos debates.
Por ocasião da visita a Paris do presidente brasileiro, na semana que vem, aumenta o número de eventos do Ano do Brasil na França, principalmente os de caráter social. Será organizado, por exemplo, o Fórum Franco-Brasileiro da Sociedade Civil, para discutir questões como a economia solidária, o desenvolvimento urbano, a agricultura familiar e a diplomacia não-governamental.
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