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11/07/2005
-
17h34
da Folha Online
Durante a sabatina da Folha que ocorreu nesta segunda-feira, em São Paulo, o escritor anglo-indiano Salman Rushdie afirmou não esperar "nada muito bom" de líderes religiosos.
Perguntado pelo presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, Henry Sobel, o que acha do silêncio dos líderes religiosos acerca dos ataques terroristas árabes, Rushdie disse: "Talvez você tenha percebido que não sou um grande admirador desses líderes. Estou muito desapontado".
O escritor relata ter sentido essa decepção tanto em relação a temas amplos --principalmente relacionados à política-- quanto a episódios cruciais da sua própria vida. "Quando houve o ataque contra mim [a condenação pelo aiatolá Khomeini, do Irã, após a publicação do seu livro "Versos Satânicos", em 1989], o aiatolá recebeu manifestações a seu favor de muitos líderes religiosos, entre eles o chefe do rabinato da Inglaterra e o papa [João Paulo 2]. Foi muito difícil. Não espero nada muito bom dos líderes religiosos."
Seqüelas
Rushdie disse não saber precisar como a condenação à morte, revogada em 1998, afetou sua produção literária. "É um pouco difícil dizer de onde estou, como escritor. Talvez o leitor veja os efeitos", afirmou. "O que sei é que isso poderia ter me destruído como escritor. Eu poderia ter passado a escrever livros amedrontados ou então muito amargurados, de vingança. Ambos os casos seriam uma derrota. Eu teria me tornado uma criatura daquilo que queria me matar."
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Perguntado pelo presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, Henry Sobel, o que acha do silêncio dos líderes religiosos acerca dos ataques terroristas árabes, Rushdie disse: "Talvez você tenha percebido que não sou um grande admirador desses líderes. Estou muito desapontado".
O escritor relata ter sentido essa decepção tanto em relação a temas amplos --principalmente relacionados à política-- quanto a episódios cruciais da sua própria vida. "Quando houve o ataque contra mim [a condenação pelo aiatolá Khomeini, do Irã, após a publicação do seu livro "Versos Satânicos", em 1989], o aiatolá recebeu manifestações a seu favor de muitos líderes religiosos, entre eles o chefe do rabinato da Inglaterra e o papa [João Paulo 2]. Foi muito difícil. Não espero nada muito bom dos líderes religiosos."
Seqüelas
Rushdie disse não saber precisar como a condenação à morte, revogada em 1998, afetou sua produção literária. "É um pouco difícil dizer de onde estou, como escritor. Talvez o leitor veja os efeitos", afirmou. "O que sei é que isso poderia ter me destruído como escritor. Eu poderia ter passado a escrever livros amedrontados ou então muito amargurados, de vingança. Ambos os casos seriam uma derrota. Eu teria me tornado uma criatura daquilo que queria me matar."
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