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13/09/2005 - 13h15

Mapas dos séculos 16 e 17 são roubados em Londres e nos EUA

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da Folha Online

Vários mapas antigos, considerados de valor incalculável, foram roubados da Biblioteca Britânica de Londres e de várias instituições americanas nos últimos meses. Especialistas suspeitam tratar-se de uma operação criminosa em escala mundial.

Dois mapas do século 16 e outro do século 17 foram roubados em março e junho deste ano da Biblioteca Britânica, que conta em seus fundos com mais de quatro milhões de mapas que datam desde o século 5.

Dois deles eram da América do Norte, área de especial interesse e valor entre os colecionadores. Um deles é uma gravura em madeira de 1578, que foi arrancada com uma lâmina do volume intitulado "A True Discourse of the Late Voyages of Martin Frobisher" ("Uma História Real das Últimas Viagens de Martin Frobisher"), de George Best.

Frobisher era um marinheiro inglês cujas expedições ao Novo Mundo representaram a primeira tentativa inglesa de encontrar a famosa Passagem Noroeste. O autor do relato, o capitão Best, o acompanhou em três de suas viagens.

Outro mapa da Nova Inglaterra e do Canadá, de 1624, foi arrancado do livro "An Encouragement to Colonies" ("Um Incentivo às Colônias"), do nobre escocês William Alexander, a quem o rei Jaime 6º presenteou com a Nova Escócia.

A terceira peça, um mapa-múndi do matemático e cartógrafo alemão Peter Apian, foi cortado do livro "Ioannis Camertis Minoritani", datado de 1520 em Veneza.

Suspeitas

Jonathan Potter, um dos comerciantes mais importantes de Londres, afirmou ao jornal britânico "The Independent" que os três mapas roubados "foram escolhidos como alvo por alguém que era consciente de sua raridade e de sua demanda".

A Biblioteca Britânica tem "outros mapas igualmente raros, mas de regiões menos interessantes. Está claro que [o roubo dos três mapas] não foi aleatório", acrescentou. Outros mapas similares foram roubados de várias bibliotecas dos Estados Unidos, inclusive da Universidade de Yale.

Um porta-voz da Polícia Metropolitana de Londres declarou que os policiais estão trabalhando "em colaboração com os americanos para ajudá-los em sua investigação e recuperar os mapas roubados que estejam no Reino Unido".

O FBI reivindicou às instituições que abrigam este tipo de material que façam um inventário de seus fundos atuais o mais breve possível. Um dos problemas atuais é a extensão dos arquivos. A Biblioteca Britânica, por exemplo, conta com mais de 150 milhões de artigos armazenados em 650 quilômetros de estantes.

Uma porta-voz desta instituição reconheceu ao jornal "The Times" que atualmente 6.990 artigos "não estão em sua posição correta nas estantes" porque podem ter sido mal colocados ou ainda não foram catalogados.

Com informações da EFE

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