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26/09/2005 - 11h07

Weezer correm bem no vácuo do Pixies no Curitiba Rock Festival

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BRUNO YUTAKA SAITO
Enviado especial da Folha a Curitiba

A primeira noite do Curitiba Rock Festival, no sábado, e sua principal atração --os americanos Weezer-- tinham uma missão impossível pela frente. Afinal, o evento acontecia após a histórica passagem dos também americanos Pixies pela edição 2004. Na escala de valores do rock alternativo, é como tocar após os Beatles.

Se tudo indicava que o festival andava para trás e diminuía seu porte, ao sair da pedreira Paulo Leminski, o resultado mostrou-se favorável, ganhando em funcionalidade com o Curitiba Master Hall, já que a venda de ingressos não correspondeu às expectativas (cerca de 8.000 pessoas viram o Pixies na Pedreira; no Weezer, a casa lotada recebeu 3.500).

No palco e na platéia, desembarcavam pessoas de várias partes do Brasil. "Estou aqui não apenas pelo Weezer, mas, sim, pela viagem. Curitiba é um lugar bonito, e a comida e a bebida são mais baratas", disse o artista gráfico paulista Rodrigo Pinho, 28.

Os brasileiros escalados para o festival também corriam contra o tempo. Nenhuma das sete bandas que tocaram antes do Weezer teve direito a passagem de som. Biônica, Cidadão Instigado e Acabou la Tequila fizeram bons shows.

Já o Weezer mostrou que sua fama de "loser" (malsucedido) é apenas um mito. O grupo começou a apresentação com "My Name Is Jonas". A partir daí, foi um show em que não houve um único momento de descanso --todos os hits estavam lá, vários do começo da carreira: "In the Garage", "Say It Ain't So", "Buddy Holly", "Tired of Sex", "El Scorcho" etc. Afinal, na linha evolutiva recente, o Weezer está atrás do Pixies e Nirvana, antecipando o emocore, o rock com "emoção"; era um show que indies do Brasil esperavam há quase 11 anos. Ou seja, coisas de tesão reprimido, bem a calhar para o vocalista Rivers Cuomo, sujeito que diz não transar há anos.

Se ele é encanado com contato humano íntimo, esbanja contato com a platéia. Já na parte final do show, foi ao mezanino e tocou "Island in the Sun", em meio ao público, no violão. Embasbacada com a resposta dos brasileiros, a banda chama alguém da audiência que soubesse tocar "Undone - The Sweater Song" ao violão. Subiu um menino que, após se atrapalhar em certa altura da música, foi ajudado por Cuomo.

Quem se interessa sobre a vida íntima de seus ídolos, teve neste show a idéia de para onde vai toda a energia de Cuomo. Melhor que Pixies? Basta dizer que a história foi feita novamente em Curitiba.

O jornalista Bruno Yutaka Saito viaja a convite do Curitiba Rock Festival

Especial
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