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12/10/2005
-
17h15
MARCO ANTONIO JAYME
da Folha Online
Dave Mustaine, que um dia foi expulso do Metallica por James Hetfield e Lars Ulrich, deve ter sentido o gostinho da vingança, ontem, no show com sua banda num lotado Credicard Hall, em São Paulo. Mustaine foi ovacionado nas quase 2 horas em que esteve no palco, num dos melhores shows de heavy metal do ano.
Passados quase 20 anos, o Megadeth não mudou muito seu estilo thrash --apenas alguns sintetizadores pré-programados foram somados. Já a banda de seus desafetos, hoje, não causa mais tanta comoção entre os "headbangers", dadas as mudanças de visual, som e atitude.
O grupo norte-americano entrou com o "jogo ganho" e apostou nos hits: "Peace Sells... But Who's Buying", "Holy Wars... The Punishment Due", "A Tout Le Monde", "Train Of Consequences", "Trust", entre outras, estavam entre as músicas escolhidas a dedo. Com um andamento mais rápido, as canções tomaram um banho de rejuvenescimento, intercaladas por belos solos de guitarra.
E bem que o grupo poderia chamar-se "Dave Mustaine Band", tal é o comando que o guitarrista exerce sobre os demais. A galera, sem conhecer o nome dos outros "participantes" do show, gritava apenas seu nome. Mustaine, único membro remanescente da banda original, foi "acompanhado" por Glen Drover na guitarra-base, James MacDonough, no baixo e Shawn Drover na bateria.
Sem sintonia
A banda de abertura ficou a cargo dos finlandeses do Apocalyptica. Influenciados por heavy metal e música clássica, o grupo é formado por quatro violoncelistas e um baterista, que executa bons covers de sucessos da música pesada. "Refuse/Resist", do Sepultura e "Master of Puppets" e "Seek & Destroy", do Metallica, ficaram bem interessantes na forma lírica/metal.
O problema é que, com o passar do tempo, tudo fica um tanto maçante. Nos hits, o público aplaudia. Nas músicas próprias, ouvia em silêncio. Talvez pela falta de sintonia com os "headbangers", na última música um dos membros da banda abandonou o palco mesmo antes dos companheiros acabarem a canção.
De acordo com o set-list, ainda faltavam dois covers. Para quem começou apenas em 1996 e não tem tanta fama, seria de bom grado um pouco mais de respeito e humildade.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Megadeth
Megadeth tem noite de "vingança" no Credicard Hall
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da Folha Online
Dave Mustaine, que um dia foi expulso do Metallica por James Hetfield e Lars Ulrich, deve ter sentido o gostinho da vingança, ontem, no show com sua banda num lotado Credicard Hall, em São Paulo. Mustaine foi ovacionado nas quase 2 horas em que esteve no palco, num dos melhores shows de heavy metal do ano.
Ricardo Jayme/Arquivo Pessoal |
Mustaine, guitarrista "dono" do Megadeth |
O grupo norte-americano entrou com o "jogo ganho" e apostou nos hits: "Peace Sells... But Who's Buying", "Holy Wars... The Punishment Due", "A Tout Le Monde", "Train Of Consequences", "Trust", entre outras, estavam entre as músicas escolhidas a dedo. Com um andamento mais rápido, as canções tomaram um banho de rejuvenescimento, intercaladas por belos solos de guitarra.
E bem que o grupo poderia chamar-se "Dave Mustaine Band", tal é o comando que o guitarrista exerce sobre os demais. A galera, sem conhecer o nome dos outros "participantes" do show, gritava apenas seu nome. Mustaine, único membro remanescente da banda original, foi "acompanhado" por Glen Drover na guitarra-base, James MacDonough, no baixo e Shawn Drover na bateria.
Sem sintonia
Ricardo Jayme/Arquivo Pessoal |
Apesar do esforço do Apocalyptica, faltou sintonia com o público |
O problema é que, com o passar do tempo, tudo fica um tanto maçante. Nos hits, o público aplaudia. Nas músicas próprias, ouvia em silêncio. Talvez pela falta de sintonia com os "headbangers", na última música um dos membros da banda abandonou o palco mesmo antes dos companheiros acabarem a canção.
De acordo com o set-list, ainda faltavam dois covers. Para quem começou apenas em 1996 e não tem tanta fama, seria de bom grado um pouco mais de respeito e humildade.
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