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19/10/2005 - 09h42

Frankfurt prevê recorde de público neste ano

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EDUARDO SIMÕES
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Frankfurt

Superlativa, a 57ª Feira de Frankfurt começa nesta quarta-feira e vai até o dia 23 de outubro com uma expectativa de recorde de público: são esperados mais de 270 mil visitantes, nos 7.000 estandes que representam mais de cem países na cidade, coração financeiro da Alemanha. O principal objetivo: a compra e venda de direitos internacionais de publicação, um negócio cujas cifras passam de 1 milhão (R$ 2,7 milhões) anualmente.

Entre as novidades deste ano estão uma cooperação com o Festival de Berlim, que ampliará para o cinema e a televisão os negócios da feira, e um prêmio no valor de 37,5 mil para o melhor romance alemão da atualidade. A lista de celebridades do mundo das letras tem o escritor inglês Nick Hornby, que fala hoje de seu novo best-seller, "A Long Way Down", o cartunista Alberto Uderzo, que acaba de lançar um novo livro com aventuras de Asterix, e Margaret Atwood, entre outros.

O estande brasileiro, organizado pela Câmara Brasileira do Livro em parceria com o Sindicato Nacional de Editores de Livros, terá cerca de 1.100 livros de 40 editoras. No universo de cerca de 350 mil títulos em exposição, o Brasil está entre os 15 maiores expositores em Frankfurt.

Para Luciana Villas-Bôas, da editora Record, nada substitui a renovação das relações pessoais que a feira proporciona.

"A feira também nos força a ter disciplina para olhar tudo o que está acontecendo nas outras editoras, saber quais tendências surgiram, até mesmo nas festas e jantares que acontecem fora da programação oficial", ressalta a editora, que nos dez encontros profissionais diários marcados em Frankfurt vai representar alguns de seus autores, como Flávio Tavares, Miguel Sanches Neto e Luiz Ruffato, e tentar fisgar os direitos de publicação do novo livro de uma certa inglesa que esteve na última Festa Literária de Parati --ela mantém o nome em sigilo.

Veterana de Frankfurt, a agente literária Lúcia Riff está na cidade para cuidar dos clientes estrangeiros e dos livros de fora que irá oferecer no mercado brasileiro. Neste ano, ela diz ter uma missão extra: buscar caminhos para os autores brasileiros serem traduzidos. "Vai ser um bocado difícil e é a primeira vez que faço a feira desta forma. Fizemos um bonito catálogo e vou com a cara e com a coragem", diz a agente.

Riff acredita que, aos poucos, a hegemonia da literatura produzida em língua inglesa tem dado mais espaço para a produção de outros países.

"Muito aos poucos as pessoas querem olhar mais para outros mercados e não ficar só presas ao que vem dos EUA ou da Inglaterra. A grande maioria dos negócios ainda é feita com os americanos e depois com os ingleses. Mas há uma certa tendência de olhar em volta com interesse", observa a agente. "O que eu acho lindo em Frankfurt é justamente a troca, as reuniões mistas, em que eu vejo que o editor estrangeiro tem para me mostrar, e ele vê o que eu tenho para oferecer."

Coréia do Sul

O convidado de honra deste ano da feira é a Coréia do Sul, que será representada por 60 escritores. Alguns autores da Coréia do Norte, que negou-se a participar oficialmente, também estarão na feira, em que a literatura servirá de plataforma para os autores falarem de dois temas caros a ambos países: democracia e reunificação.

O jornalista Eduardo Simões viaja a convite do Instituto Goethe

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