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24/10/2005 - 21h46

Crítica: Som baixo abafa noite inesquecível dos Strokes em SP

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JOÃO SANDRINI e
CAMILA MARQUES
da Folha Online

A noite tinha tudo para ser inesquecível --mesmo com a ameaça de chuva. Uma das melhores bandas de rock da atualidade (os Strokes), público ansioso e fiel (vide a quantidade de gravatas combinando com franjinhas desgrenhadas), preços razoáveis (o ingresso mais barato colocado à venda saía por R$ 40) e uma empolgação extra para o grupo por estar no Brasil (o baterista Fabrizio Moretti nasceu no Rio de Janeiro). Mas não foi bem assim.

Rosa Bastos/Folha Imagem
Vocalista da banda Strokes em show no Anhembi (SP)
Vocalista da banda Strokes em show no Anhembi (SP)
O som baixo foi o principal inimigo de boa parte das 24 mil pessoas que compareceram ontem ao Anhembi na noite de encerramento do Tim Festival em São Paulo. Não foram poucos os momentos em que, entre uma música e outra, em vez de aplausos se ouvia gritos de "aumenta o som". O próprio vento se encarregava de levar para um lado ou para o outro a música que vinha do palco, o que baixava ou aumentava o volume das canções, dando a impressão de que as caixas estavam com mau contato.

Óbvio que os Strokes não têm culpa pela falta de uma concha acústica no Anhembi ou de mais potência nos equipamentos. Ainda no auge, a banda cumpriu seu papel. Tocou uma a uma as músicas do álbum "Is This It", que tornou o grupo nova-iorquino conhecido no mundo inteiro. Também trouxe músicas de seu terceiro disco, ainda sem nome, que sai em janeiro. Mostrou, enfim, porque renovou a música mundial, deu um baita impulso ao rock de garagem e tem fama de ser boa de palco.

Pecou, talvez, pela falta de ousadia. Não houve covers surpreendentes, declarações polêmicas do comunicativo vocalista Julian Casablancas ou grandes esforços para hipnotizar o público. E, dessa forma, os Strokes deixaram para o Kings of Leon a oportunidade de fazer o melhor show da noite.

Quem estava na área vip teve o consolo de se encantar com a atriz Drew Barrymore --a bela é namorada de Fabrizio Moretti, que vive nos Estados Unidos. A despedida, aliás, ficou por conta dele. "Boa noite, irmãos brasileiros".

Bastidores

O músico Nando Reis era uma das celebridades na área vip do Anhembi. Ficou sentadinho, aguardando o início dos shows, cercado por colegas e tietes. O pernambucano Fred Zero Quatro era outro músico na platéia.

VJs da MTV também circulavam de um lado para o outro, nos intervalos, em frente ao quiosque de venda de bebidas-- como Cazé e Marina Person e os ex-MTV Cris Couto, Gastão e Massari.

No local, também circulavam a atriz Luciana Vendramini, a cantora Preta Gil e os vocalistas Marcelo Camelo ("Los Hermanos") e Rogério Flausino ("Jota Quest").

Uma equipe da Rede TV! fez reportagens com aspirantes à carreira de atriz, enquanto repórteres de revistas de celebridades procuravam os famosos disfarçados.

Na entrada do Anhembi, camelôs vendiam capas para chuva por R$ 10. Muitos VIPs compraram, mas não tiveram de usar, pois a chuva não deu o ar de sua graça --só uma fina garoa.

Dentro do Anhembi, o cachorro-quente era vendido por R$ 6 --mesmo preço do pedaço de pizza. O copão de Skol, equivalente a uma garrafa long neck, custava R$ 4,50.

Nos intervalos, os banheiros da área VIP ficaram congestionados. Para resolver o problema, o jeito foi apelar para os banheiros químicos.

O visual "Strokes" confundiu muitas meninas que aproveitaram os shows para a paquera. Algumas garotas reclamavam que não conseguiam mais diferenciar os garotos héteros dos gays --uns pintavam os olhos com lápis preto: "é gay, metrossexual ou übersexual" era a pergunta das garotas.

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