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25/10/2005 - 11h13

Museu Getty é acusado novamente de comprar peças roubadas

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da France Presse, em Los Angeles

As autoridades gregas acusaram o famoso Museu Getty de ter quatro objetos ilegalmente traficados de seu país, poucos dias depois de a Itália acusar a instituição de ter adquirido três peças sabendo que eram roubadas.

As autoridades gregas apresentaram evidências arqueológicas que, segundo eles, provaria que três objetos que o Getty adquiriu no início dos anos 90 por US$ 5,2 milhões seriam suas, e por isso deveriam ser devolvidos.

Os três objetos --uma coroa de ouro, uma tumba e o torso de uma mulher, todos do ano 400 a.C.-- são parte das antigüidades mais apreciadas da coleção.

As autoridades pedem ainda um quarto objeto que, segundo eles, o próprio J. Paul Getty comprou em 1955, informou reportagem publicada pelo jornal "Los Angeles Times".

Recentemente, a Itália acusou o Getty de ter adquirido três objetos sabendo que foram roubados das autoridades italianas.

O Museu Getty informou no início de outubro que enviará à Itália as três peças em questão. O anúncio do Getty --uma das instituições mais ricas do mundo-- ocorre no momento em que sua curadora de antiguidades, Marion True, acusada de conspirar para o tráfico de peças roubadas, renunciou ao cargo.

True, que nega as acusações, alegou em sua renúncia que quer se concentrar em sua defesa, quando enfrentar as acusações em uma corte italiana. A curadora, de 56 anos, comparecerá em novembro a Roma, onde responderá à acusação de ter conspirado para adquirir os objetos.

Enquanto isso, a instituição garantiu que nunca adquiriu com conhecimento objetos de procedência ilegal.

De qualquer forma, o museu, estabelecido pela Fundação J. Paul Getty, admitiu que 82 peças de sua coleção de milhares de objetos foram adquiridas através de vendedores de reputação duvidosa.

O "Los Angeles Times" anunciou que os advogados do museu declararam que 82 objetos --que incluem 54 das 104 antiguidades classificadas como "obras-primas"-- foram adquiridas por intermédio de vendedores suspeitos de fazer parte de uma rede ilegal de venda de objetos antigos investigada pelo governo italiano.

O governo italiano pediu a devolução de 42 objetos pertencentes à coleção Getty.

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