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28/11/2005
-
16h03
MARY PERSIA
da Folha Online
O que era boa intenção produziu bons frutos, mas também efeitos colaterais. É o que considera Paulo Autran, 83, sobre as leis de incentivo à cultura do governo federal. O ator e diretor de teatro participa nesta tarde da sabatina que a Folha promove no teatro Folha, no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo.
"Antes, quando eu fazia uma peça, ia ao banco e assinava dez notas promissórias. Pagava mês a mês, com o dinheiro da bilheteria, e ainda sobrava algum. Hoje em dia, as peças estão muito caras. Não dá para pagar elenco, aluguel do teatro, cenário e tudo mais", afirma Autran. "As leis de incentivo tiveram como efeito colateral o aumento do custo do teatro. Todo mundo [como equipe técnica e infra-estrutura] aumentou seu preço. O custo está ficando astronômico."
Como conseqüência, houve o aumento do valor dos ingressos, "baratos em relação a outros países, mas ainda assim de valor proibitivo", segundo o ator. "Se bem que a maioria da população economiza para ir ao show de rock e ao jogo de futebol, mas não economiza para ir ao teatro."
Sua história com as artes cênicas é antiga. Autran conta que seu primeiro personagem foi encenado aos sete anos, em uma peça escrita pela irmã. "Fiz o diabo, com chifres de papelão, calção vermelho e tudo. Entrei mudo e saí calado".
Ele, que cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (Universidade de São Paulo) em 1945, estreou em um palco (ainda amador) em 1947. Autran é o nono entrevistado da série de sabatinas da Folha.
Participam da sabatina o crítico da Folha, dramaturgo e professor de teatro Sergio Salvia Coelho, o diretor e dramaturgo Aimar Labaki e Lígia Cortez, atriz e diretora da escola de teatro Célia Helena. A mediação fica a cargo do jornalista Nelson de Sá, titular da coluna "Toda Mídia", da Folha, e autor de "Divers/idade - Um Guia para o Teatro dos Anos 90" (ed. Hucitec).
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da Folha Online
O que era boa intenção produziu bons frutos, mas também efeitos colaterais. É o que considera Paulo Autran, 83, sobre as leis de incentivo à cultura do governo federal. O ator e diretor de teatro participa nesta tarde da sabatina que a Folha promove no teatro Folha, no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo.
"Antes, quando eu fazia uma peça, ia ao banco e assinava dez notas promissórias. Pagava mês a mês, com o dinheiro da bilheteria, e ainda sobrava algum. Hoje em dia, as peças estão muito caras. Não dá para pagar elenco, aluguel do teatro, cenário e tudo mais", afirma Autran. "As leis de incentivo tiveram como efeito colateral o aumento do custo do teatro. Todo mundo [como equipe técnica e infra-estrutura] aumentou seu preço. O custo está ficando astronômico."
Como conseqüência, houve o aumento do valor dos ingressos, "baratos em relação a outros países, mas ainda assim de valor proibitivo", segundo o ator. "Se bem que a maioria da população economiza para ir ao show de rock e ao jogo de futebol, mas não economiza para ir ao teatro."
Sua história com as artes cênicas é antiga. Autran conta que seu primeiro personagem foi encenado aos sete anos, em uma peça escrita pela irmã. "Fiz o diabo, com chifres de papelão, calção vermelho e tudo. Entrei mudo e saí calado".
Ele, que cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (Universidade de São Paulo) em 1945, estreou em um palco (ainda amador) em 1947. Autran é o nono entrevistado da série de sabatinas da Folha.
Participam da sabatina o crítico da Folha, dramaturgo e professor de teatro Sergio Salvia Coelho, o diretor e dramaturgo Aimar Labaki e Lígia Cortez, atriz e diretora da escola de teatro Célia Helena. A mediação fica a cargo do jornalista Nelson de Sá, titular da coluna "Toda Mídia", da Folha, e autor de "Divers/idade - Um Guia para o Teatro dos Anos 90" (ed. Hucitec).
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