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03/12/2005
-
00h50
JOÃO SANDRINI
da Folha Online
"Melhor do que em Seattle". Se definir assim o primeiro dos dois shows do Pearl Jam em São Paulo pode parecer exagero, saiba então que quem disse a frase no final do espetáculo foi o próprio Eddie Vedder, vocalista da banda. Visivelmente animados, ele e os demais integrantes do Pearl Jam fizeram uma apresentação histórica na noite desta sexta-feira e levantaram um Pacaembu praticamente lotado.
Com um repertório que incluiu boa parte de seus principais sucessos, uma homenagem aos Ramones e a simpatia de Vedder, nem a chuva fria que insistia em ir e vir nem os longos congestionamentos que atrapalharam a vida do paulistano durante todo o dia pareceram reduzir a empolgação do público.
É difícil até definir quando o show atingiu seu ponto máximo. A seqüência "Do the Evolution" / "Better Man" / "Alive", que encerrou a primeira parte do espetáculo, é uma boa aposta.
Após o petardo "Do the Evolution", em uma versão bastante diferente da gravada em estúdio, Vedder deixou que o público cantasse boa parte de "Better Man", e o que se ouviu foram mais de 30 mil vozes em coro, acompanhando o vocalista, sua guitarra e mais ninguém no palco. "Alive" viria depois apenas para arrebatar de vez a multidão.
Outro ponto alto acontece no segundo bis, quando um Vedder bastante emocionado desce do palco, entra na área vip e sai correndo entre as pessoas, enquanto canta as últimas estrofes de "Jeremy".
Já no primeiro bis, a homenagem a Johnny Ramone, finado guitarrista dos Ramones. "Esta música é sobre um bom amigo que eu conheci há anos. O nome dele é Johnny Ramone", diz Vedder em português. "Eu sinto muita saudades dele", afirma. A banda ainda tocaria "I Believe in Miracles", dos Ramones, momentos depois.
As falas em português são constantes durante todo o show e ajudam a reforçar a empatia do público com a banda. Humilde, Vedder reconhece sua dificuldade com a língua ("Meu português é de uma criança do jardim de infância, da primeira série"), pergunta três vezes ao público se estaria ok se ele falasse algo em inglês mesmo, demonstra um certo nervosismo por achar que não está sendo compreendido em alguns momentos, mas, no geral, arranca muitos aplausos.
E se rasga em elogios aos brasileiros. "Em nossos shows, ficamos impressionados por tantas vezes termos visto bandeiras do Brasil", "É maravilhoso tocar para os brasileiros", "Vocês fizeram uma canção triste ficar alegre" e "Obrigado por terem vindo" estão entre as frases ditas durante o espetáculo.
Mesmo quando não conversa, Vedder cativa pela memória. Além da camisa xadrez que ainda traja, seus cacoetes são exatamente os mesmos de 15 anos atrás, quando Seattle entrava no mapa do rock mundial e o Brasil conhecia o Pearl Jam por meio dos videoclipes de "Alive" e "Even Flow".
O vocalista ainda olha para cima enquanto pisca os olhos rapidamente ou então segura firme o microfone com as duas mãos enquanto chacoalha a cabeça para os lados.
Quase no "grand finale", Eddie "O Cara" Vedder se desculpa por nunca ter se apresentado no Brasil.
"Espero voltar em dois ou três anos, e não só dentro de 15". E ainda por cima emenda: "Ou talvez no próximo ano", diz, levando a platéia à catarse. Tomara.
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"Melhor do que em Seattle". Se definir assim o primeiro dos dois shows do Pearl Jam em São Paulo pode parecer exagero, saiba então que quem disse a frase no final do espetáculo foi o próprio Eddie Vedder, vocalista da banda. Visivelmente animados, ele e os demais integrantes do Pearl Jam fizeram uma apresentação histórica na noite desta sexta-feira e levantaram um Pacaembu praticamente lotado.
Flávio Florido/FI |
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É difícil até definir quando o show atingiu seu ponto máximo. A seqüência "Do the Evolution" / "Better Man" / "Alive", que encerrou a primeira parte do espetáculo, é uma boa aposta.
Após o petardo "Do the Evolution", em uma versão bastante diferente da gravada em estúdio, Vedder deixou que o público cantasse boa parte de "Better Man", e o que se ouviu foram mais de 30 mil vozes em coro, acompanhando o vocalista, sua guitarra e mais ninguém no palco. "Alive" viria depois apenas para arrebatar de vez a multidão.
Outro ponto alto acontece no segundo bis, quando um Vedder bastante emocionado desce do palco, entra na área vip e sai correndo entre as pessoas, enquanto canta as últimas estrofes de "Jeremy".
Já no primeiro bis, a homenagem a Johnny Ramone, finado guitarrista dos Ramones. "Esta música é sobre um bom amigo que eu conheci há anos. O nome dele é Johnny Ramone", diz Vedder em português. "Eu sinto muita saudades dele", afirma. A banda ainda tocaria "I Believe in Miracles", dos Ramones, momentos depois.
As falas em português são constantes durante todo o show e ajudam a reforçar a empatia do público com a banda. Humilde, Vedder reconhece sua dificuldade com a língua ("Meu português é de uma criança do jardim de infância, da primeira série"), pergunta três vezes ao público se estaria ok se ele falasse algo em inglês mesmo, demonstra um certo nervosismo por achar que não está sendo compreendido em alguns momentos, mas, no geral, arranca muitos aplausos.
E se rasga em elogios aos brasileiros. "Em nossos shows, ficamos impressionados por tantas vezes termos visto bandeiras do Brasil", "É maravilhoso tocar para os brasileiros", "Vocês fizeram uma canção triste ficar alegre" e "Obrigado por terem vindo" estão entre as frases ditas durante o espetáculo.
Mesmo quando não conversa, Vedder cativa pela memória. Além da camisa xadrez que ainda traja, seus cacoetes são exatamente os mesmos de 15 anos atrás, quando Seattle entrava no mapa do rock mundial e o Brasil conhecia o Pearl Jam por meio dos videoclipes de "Alive" e "Even Flow".
O vocalista ainda olha para cima enquanto pisca os olhos rapidamente ou então segura firme o microfone com as duas mãos enquanto chacoalha a cabeça para os lados.
Quase no "grand finale", Eddie "O Cara" Vedder se desculpa por nunca ter se apresentado no Brasil.
"Espero voltar em dois ou três anos, e não só dentro de 15". E ainda por cima emenda: "Ou talvez no próximo ano", diz, levando a platéia à catarse. Tomara.
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