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05/12/2005 - 11h23

Pearl Jam gera catarse coletiva no Rio

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LEONARDO CARDOSO
da Efe, no Rio

O Pearl Jam realizou neste domingo seu último show no Brasil, levando as mais de 40 mil pessoas que lotaram a Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, a uma catarse coletiva.

Foram 15 anos de espera até que os fãs brasileiros pudessem ver um dos grandes ícones do grunge surgido em Seattle na década de 90. A espera não foi em vão. O que aconteceu foi exatamente o que o vocalista e guitarrista Eddie Vedder pediu logo no começo do show, em um português um pouco enrolado: "Esta é nossa última noite no Brasil. Vamos tentar fazê-la a melhor".

Após tocar em duas noites em Santiago do Chile e duas em Buenos Aires, o grupo veio ao Brasil e se apresentou primeiro em Porto Alegre, Curitiba e em outras duas noites em São Paulo, com um total de 157,5 mil ingressos vendidos no país, e não decepcionou os fãs que foram vê-los.

O show no Rio começou com o Mudhoney, que tocou por 40 minutos ainda com luz do sol. Apesar do ótimo show, a banda não conseguiu empolgar tanto quanto em 2001, quando veio pela primeira vez ao Brasil. Na primeira turnê, eles se apresentaram em seu habitat natural, os pequenos clubes. Tocaram seu maior hit, "Touch Me I'm Sick", mas deixaram de fora a música mais veiculada na MTV Brasil, "Suck You Dry".

Uma pequena pausa de cerca de 40 minutos para a troca de palco e, ao apagar das luzes, o carismático Eddie Vedder, o baixista Jeff Ament, o baterista Matt Cameron e os guitarristas Stone Gossard e Mike McCready (além de um tecladista contratado) entraram no palco. Antes mesmo do primeiro acorde, a histeria já era imensa.

Na segunda música a platéia já tinha sido fisgada de vez. "Do the Evolution" abriu as portas para a avalanche de hits que o grupo mostrou em todos os shows no Brasil, sempre mudando o set list. No show da Apoteose pode ter faltado "I'm Mine", mas teve "Daughter", uma das mais bonitas do grupo e que Curitiba, por exemplo, não ouviu.

Eddie Vedder mostrou em músicas como "Animal", "Even Flow", "Leatherman" e na explosiva "Once", com a ajuda de suas inseparáveis garrafas de vinho, que ainda tem a energia de 15 anos atrás e que sua voz extremamente peculiar realmente é um dos trunfos do grupo.

Performances

Todos os músicos mostravam que estavam se divertindo, mas a performance mais emblemática foi mesmo do guitarrista Mike McCready. De cabelos vermelhos, ele e sua Gibson Les Paul pareciam estar realmente em sintonia. McCready, que entrou de casaco, terminou o show sem camisa fazendo longos solos de olhos fechados, com toda a Apoteose fazendo coreografias de arrepiar, tornando algumas músicas mais emocionantes que o já previsto.

Não faltou ao show a diversão dos grupos iniciantes, tocando covers de suas bandas preferidas e, principalmente, fazendo uma jam com os amigos. Mark Arm e Steve Turner, do Mudhoney, tocavam há muito tempo em uma banda chamada Green River com Jeff Ament e Stone Gossard. E foi com essa reunião que eles tocaram uma música do MC5 de Detroit, "Kick out The Jams".

Mais tarde veio outro presente com "I Believe in Miracles", do grupo de um dos grandes amigos de Vedder, o guitarrista Johnny Ramone. Já com as luzes acesas, eles terminariam o show com "Baba O'Riley" do grupo The Who --não importa se você nunca ouviu uma determinada música de Pete Townshend, é impossível não reconhecer uma de suas composições após 10 segundos.

Todos os presentes sabiam que eles iriam tocar "Alive", só não sabiam quando. E ela veio logo após a jam com o Mudhoney, no primeiro bis. Ao primeiro riff de McCready, pessoas começaram a se abraçar, a festejar. As arquibancadas mostravam coreografias dignas das Escolas de Samba acostumadas a desfilar por ali. E toda a pista acompanhava.

O segundo bis veio com uma seqüência matadora. "Last Kiss", "Black", "Jeremy", "Yellow Ledbetter" e um cover do Who. Desnecessário e difícil explicar --principalmente a longa versão de "Black", num momento histórico para os fãs.

O grupo, que viaja em seu jatinho particular, segue agora para três shows no México. Que os mexicanos se preparem para um grande acontecimento.

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