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11/12/2005 - 10h20

Canais abertos testam séries para 2006

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MARCELO BARTOLOMEI
Colaboração para a Folha de S.Paulo, do Rio de Janeiro

A julgar pelos testes de programação neste fim de ano na Globo e pela produção de uma temporada de 22 capítulos de um seriado para a Record, 2006 deve ser o ano das "sitcoms" na TV aberta.

A fórmula dos seriados norte-americanos, que usa dramaturgia para contar histórias nem tão lineares quanto as das novelas, com ou sem a presença de uma platéia, é a grande aposta para a nova programação das emissoras, que tentam se renovar a cada ano.

"Cada episódio é independente. Eles têm uma ligação, mas não é preciso acompanhar todos os capítulos para entender a história", diz Mara Mourão, 40, diretora de "Avassaladoras", a "sitcom" mais "Sex and the City" já produzida no Brasil, que estréia na Record em janeiro para falar das aventuras amorosas e sexuais de um quarteto de mulheres brasileiras "a perigo". "Nossa expectativa é que esta seja apenas a primeira temporada", afirma a diretora.

Assim, histórias de confusões em família, de solteirões --homens e mulheres-- à caça do par perfeito, de amores às avessas e de gente tentando se dar bem na vida invadem a noite na TV. Apesar de já conhecidas, tais fórmulas disputarão a audiência e a possibilidade de emplacarem um lugar fixo nas apertadas grades das emissoras para todo o ano que vem.

Os alvos são os fãs de "Seinfeld", "Friends", "Everybody Loves Raymond", "Sex and the City" e outras séries encerradas da TV paga. Não é a primeira vez que a Globo testa antecipadamente o que pode incluir na programação do ano seguinte. Os semanais "A Diarista" e "Sob Nova Direção" são resultados do bom desempenho junto ao público em 2003. Em 2004, nenhuma das criações --como "Levando a Vida", "Correndo Atrás" e "Quem Vai Ficar com Mário?", as três de volta neste fim de ano, com a mesma fórmula-- satisfez às audiências.

Em meio a 54 projetos apresentados à emissora, estava "Toma Lá, Dá Cá", escrito por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. Se emplacar, marca a volta de Falabella à programação semanal, numa "evolução" do extinto "Sai de Baixo" --agora sem interferência da platéia, que aplaude e ri, mas não atrapalha o andamento das cenas, típico de "sitcoms".
"Eu fui aos Estados Unidos e acompanhei as gravações de sitcoms, que são exatamente assim. Existe uma quarta parede, que é invisível, porque o público está lá, mas os atores agem como se ele não estivesse", afirma o autor, que protagoniza o seriado.

Também disputa um espaço na grade o seriado "Os Amadores", dirigido por José Alvarenga Jr., drama com pitadas de humor que narra o encontro de quatro homens solteiros, todos na faixa dos 40 anos, com crises e reflexões sobre a vida; os quatro têm morte clínica diagnosticada e estão lado a lado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), até que acordam e percebem que suas vidas precisam mudar. "Três fatores ajudam uma série a emplacar na grade: audiência, custo da produção e a repercussão que gerar a partir do piloto", diz o diretor.

Quarteto rosa

Para inaugurar um novo horário para produção nacional na grade, a Record estréia "Avassaladoras" (segundas, às 23h30). Na "sitcom", o tema é a eterna busca por um namorado empreendida por Laura, Betty, Teresa e Silvinha, as versões das personagens de "Sex and the City", Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda.

A série parte do mesmo princípio do filme homônimo de 2002 e dirigido pela mesma diretora. "A idéia de "Avassaladoras" surgiu antes de "Sex and the City"", defende Mourão. A série, produzida pela carioca Total Entertainment a um custo de US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,4 milhões), irá ao ar na Record e também no canal pago Fox (que ainda não divulgou sua grade de 2006), em regime de co-produção e garantia de exibição para a América Latina.

Especial
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