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05/01/2006 - 17h06

Mozart é tema de comemorações na Áustria

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da France Presse, em Viena

Wolfgang Amadeus Mozart, amado por sua música harmoniosa e profunda, teve uma vida intensa e breve, mas ao contrário dos mitos em torno de seu nome, esse gênio precoce era um grande trabalhador, que morreu aos 35 anos.

O 250º aniversário de seu nascimento, ocorrido em Salzburgo --bispado independente de língua alemã anexado posteriormente à Áustria-- no dia 27 de janeiro de 1756, será celebrado com numerosas manifestações, tanto na Áustria quanto no restante da Europa. Mozart passou quase um terço da vida viajando pelas principais capitais do Velho Continente, de Roma a Paris, sem esquecer de Praga e Viena.

Sétimo filho de Leopold e Anna Maria, o pequeno Wolfgang revelou-se um menino prodígio. Educado pelo pai, músico e pedagogo que depois guiaria sua carreira artística, aos 6 anos Mozart encantou com seu virtuosismo como intérprete de piano a imperatriz Maria Teresa, em Viena, cativando posteriormente as cortes de França e Inglaterra.

Mozart --cuja irmã também foi uma virtuosa do piano-- continuou sua formação na Itália, país onde se consagrou como intérprete. Também era um compositor precoce e rápido, que trabalhava dia e noite.

O Catálogo Kochel lista 630 composições de Mozart, desde o minueto para cravo de 1761 até o requiem que compôs pouco antes de morrer, em Viena, em 5 de dezembro de 1791. Segundo o catálogo, sua produção é variada e inclui todos os estilos, desde 27 concertos para piano e mais de 40 sinfonias, até uma série de óperas famosas, como "As Bodas de Fígaro" (1786) e "A Flauta Mágica" (1791).

Em 1781, Mozart abandonou Salzburgo para se fixar em Viena, cidade onde se casou, no ano seguinte, com Constance Weber, com quem teve seis filhos, dos quais sobreviveram apenas dois, que não tiveram herdeiros.

Morte

O compositor passou os últimos dez anos de vida na capital austríaca, deixando para a posteridade sua música extraordinária e uma série de mitos, entre os quais um que gira em torno de sua morte.

Segundo a tese popularizada por "Amadeus", obra de Peter Shaffer e filme de Milos Forman, o compositor morreu devido ao envenenamento de seu rival, Antonio Salieri. Mas o musicólogo Gernot Gruber afirma que a morte de Mozart deveu-se a problemas de saúde.

O historiador Gabriele Ramsauer afirma que Mozart não viveu na pobreza, e sim "ganhou muito dinheiro" durante a maior parte de sua existência, endividando-se no fim da vida. Em relação ao mistério envolvendo o local exato de seu túmulo em Viena, estão sendo feitos exames de DNA para determinar a autenticidade do "crânio de Mozart" encontrado.

Gruber afirma que o retrato de um homem bochechudo descoberto no ano de 2004 em Berlim, apresentado como uma das últimas imagens de Mozart, é falso. Para o regente austríaco Nikolaus Harnoncourt, "a biografia de um homem como Mozart não explica sua música (...), mas como Johann Sebastian Bach e Michelangelo, sua arte é indispensável para a humanidade".

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