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13/01/2006 - 11h30

Depois do mundo, Brasil vê "Soy Cuba"

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da Folha Online

O documentário brasileiro "Soy Cuba - O Mamute Siberiano", de Vicente Ferraz, tem feito sucesso no exterior. O documentário já foi exibido em dez festivais internacionais, entre eles os de Leipzig (Alemanha), Varsóvia (Polônia), e Guadalajara (México) --onde elevou o prêmio de melhor documentário--, entre outros.

A estréia mundial aconteceu em outubro de 2004, no Festival de Documentários de Amsterdã, IDFA. A produção participou ainda, em 2005, da seleção oficial do festival Sundance, e foi mostrada no último festival internacional de cinema de Havana, junto com "Sou Cuba", do cineasta russo Mikhail Kalatozov. Finalmente, o filme estréia nesta sexta (13) no Brasil.

Fruto de minuciosa pesquisa de Vicente Ferraz sobre "Soy Cuba", filme realizado pelo célebre diretor soviético Mijail Kalatosov em Cuba, em plena Guerra Fria, o documentário desvenda os motivos que levaram cubanos e soviéticos a arquivar esta obra-prima até a sua "descoberta", no início dos anos 90, no Telluride Film Festival (EUA).

A superprodução do início dos anos 60 deveria ser uma peça de propaganda para a revolução cubana. No entanto, uma semana após sua exibição em Moscou e em Cuba, o filme foi retirado de circulação. Em conseqüência, permaneceu desconhecido nos países ocidentais por mais de 30 anos, até a sua descoberta por Martin Scorsese e Francis Ford Coppola.

Filmado em 14 meses e exibido pela primeira vez em 1964, "Sou Cuba" apresenta uma Cuba revolucionária, mas com uma personalidade monumentalmente propagandística e uma imagem idealizada e romântica da realidade da época.

O filme celebra a revolução castrista e apresenta uma Cuba folclórica, com uma visão épica. Só em 1995 o filme saiu da escuridão.

Ferraz diz que, ao saber desta história, surgiu nele o interesse de realizar um documentário que não fosse um "making of", isto é, que não se limitasse a uma apuração de como aconteceu o filme mas também explorasse as causas de seu esquecimento e resgate.

"Quis fazer, através desse filme, uma analogia da história de Cuba dos últimos 40 anos. O lado humano do filme, da experiência de fazê-lo, foi o que mais me chamou a atenção", disse Ferraz.

Com agências internacionais

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