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16/01/2006
-
10h48
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
da Folha de S.Paulo
No último dia 6 de janeiro, a Virgin, empresa gigante norte-americana que investe em ramos tão distintos quanto aviação e música, anunciou que estava se unindo à maior editora de quadrinhos da Índia, a Gotham Entertainment, para criar duas novas empresas, a Virgin Comics e a Virgin Animation.
Visando o milionário mercado de animações e quadrinhos --que cresceu 44,7% nos EUA em 2005 e dobrou de tamanho no Reino Unido desde 2003--, as novas empresas também pretendem globalizar a cultura indiana: a Virgin Animation terá sede na Índia, e a Virgin Comics, apesar de sediada em Nova York, terá uma linha dedicada a heróis criados a partir da mitologia indiana.
Em entrevista à Folha por telefone, o indiano Sharad Devarajan, criador da Gotham Entertainment e escolhido como CEO da Virgin Comics, explica que o projeto da empresa é tornar a cultura indiana a próxima sensação mundial das HQs e animações, a exemplo dos mangás e animes japoneses, além de aumentar seu domínio do mercado indiano, em que apenas a população jovem já é quase três vezes maior do que toda a população brasileira.
"O próximo grande produto de exportação da Índia será sua cultura. O mercado jovem indiano logo terá mais de 500 milhões de pessoas abaixo dos 20 anos. A nova geração indiana é informada globalmente e se posiciona como participante ativa do mercado global", argumenta Devarajan.
Heróis míticos
Os primeiros títulos, ainda sem distribuição negociada para o Brasil, devem sair até o meio deste ano e incluem adaptações do épico hindu "Ramayana" --que Devarajan define como "o 'Senhor dos Anéis' do Oriente"--, na HQ "Ramayan Reborn", e de figuras tradicionais indianas como o sadhu (religioso dedicado à meditação e à contemplação de Deus), que, no álbum "The Sadhu", será um soldado britânico treinado por um sábio para ser um "guerreiro espiritual".
"Há uma nova onda de 'globalização reversa' acontecendo no mundo --uma maneira de integrar culturas e idéias através das fronteiras, criando algo completamente novo. Um exemplo é o que fizemos no ano passado com o Homem-Aranha, tornando-o um garoto indiano", diz Devarajan.
A criação da Virgin Comics e Animation envolveu também personalidades como o escritor de auto-ajuda Deepak Chopra (que será o diretor de criação da empresa de HQs), o cineasta chinês John Woo (que vai criar um título de quadrinhos para a nova editora) e o diretor indiano Shekhar Kapur, que trabalhará com as animações, voltadas não apenas para cinema e TV, mas para celulares, videogames e internet.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre HQ
Virgin se une a indianos para investir em HQ
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da Folha de S.Paulo
No último dia 6 de janeiro, a Virgin, empresa gigante norte-americana que investe em ramos tão distintos quanto aviação e música, anunciou que estava se unindo à maior editora de quadrinhos da Índia, a Gotham Entertainment, para criar duas novas empresas, a Virgin Comics e a Virgin Animation.
Visando o milionário mercado de animações e quadrinhos --que cresceu 44,7% nos EUA em 2005 e dobrou de tamanho no Reino Unido desde 2003--, as novas empresas também pretendem globalizar a cultura indiana: a Virgin Animation terá sede na Índia, e a Virgin Comics, apesar de sediada em Nova York, terá uma linha dedicada a heróis criados a partir da mitologia indiana.
Divulgação |
Parceria produzirá HQs |
"O próximo grande produto de exportação da Índia será sua cultura. O mercado jovem indiano logo terá mais de 500 milhões de pessoas abaixo dos 20 anos. A nova geração indiana é informada globalmente e se posiciona como participante ativa do mercado global", argumenta Devarajan.
Heróis míticos
Os primeiros títulos, ainda sem distribuição negociada para o Brasil, devem sair até o meio deste ano e incluem adaptações do épico hindu "Ramayana" --que Devarajan define como "o 'Senhor dos Anéis' do Oriente"--, na HQ "Ramayan Reborn", e de figuras tradicionais indianas como o sadhu (religioso dedicado à meditação e à contemplação de Deus), que, no álbum "The Sadhu", será um soldado britânico treinado por um sábio para ser um "guerreiro espiritual".
"Há uma nova onda de 'globalização reversa' acontecendo no mundo --uma maneira de integrar culturas e idéias através das fronteiras, criando algo completamente novo. Um exemplo é o que fizemos no ano passado com o Homem-Aranha, tornando-o um garoto indiano", diz Devarajan.
A criação da Virgin Comics e Animation envolveu também personalidades como o escritor de auto-ajuda Deepak Chopra (que será o diretor de criação da empresa de HQs), o cineasta chinês John Woo (que vai criar um título de quadrinhos para a nova editora) e o diretor indiano Shekhar Kapur, que trabalhará com as animações, voltadas não apenas para cinema e TV, mas para celulares, videogames e internet.
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