18/01/2006 - 17h11

Grife UMA fala de guerra com pitadas de romantismo

KARINA KLINGER
da Folha Online

A estilista Raquel Davidowicz, da grife UMA, apostou em tons escuros e camuflados para a coleção outono-inverno da grife e se deu bem com a escolha. Após a apresentação de Ricardo Almeida, a marca UMA foi a segunda a desfilar no primeiro dia do São Paulo Fashion Week, no prédio da Bienal, no parque Ibirapuera.

Flávio Florido/Folha Imagem

Modelos desfilam peças da marca UMA em São Paulo

Uma moda em tempo de guerra e violência, mas com uma pitada de romantismo, foi a proposta da coleção, cujo tema era o "Guerreiro Romântico". Ao abusar de tecidos que trazem movimento e efeitos amassados, como seda, tafetá e cambraias de algodão, a estilista mostrou uma moda confortável. E resgatou até a famosa saia balanê --que vem em versão mais longa desta vez, abaixo dos joelhos.

Por causa do preto, do cinza e dos tons de azul escuro, a coleção pode passar uma imagem um pouco opressora, mas as sobreposições de camisas, casacos, saias e calças mostram que existe liberdade na hora de se vestir. Mesmo sendo soltas, as roupas são estruturadas e trazem à mostra cinturas e até mesmo transparências, que dão o toque suave e romântico.

As botas de cano alto e de salto baixo também dão um tom especial à coleção. A UMA mostrou na passarela que é possível usar longo de tecidos finos e soltos com uma bota "rasteira" sem qualquer tipo de preconceito.

Após assistir ao desfile, a vontade é experimentar todas as roupas da marca. Além de belas, as peças são confortáveis -algo pouco freqüente em coleções inovadoras.

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