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22/05/2009 - 19h36

Cerimônia de cremação do corpo de Zé Rodrix ocorre neste sábado

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da Folha Online

A cerimônia de cremação do corpo do cantor e compositor Zé Rodrix ocorre neste sábado às 12h no crematório da Vila Alpina, em São Paulo, informou a Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (r. São Joaquim, 138, Liberdade), onde é velado o corpo do compositor.

Divulgação
Zé Rodrix escreveu "Casa no Campo", famosa na voz de Elis
Zé Rodrix escreveu "Casa no Campo", famosa na voz de Elis

Rodrix morreu aos 61 anos na madrugada desta sexta-feira em São Paulo. O músico se sentiu mal em casa e foi levado às pressas ao Hospital das Clínicas.

A assessoria de imprensa do hospital informou que o músico deu entrada às 0h30 e morreu às 0h45. A causa da morte ainda não foi informada.

Rodrix, cujo nome de batismo é José Rodrigues Trindade, apareceu para o grande público em 1967, em um festival da Record.

Sua carreira ganhou destaque nos anos 70, quando trabalhou com o grupo Som Imaginário --banda criada para acompanhar uma turnê de Milton Nascimento-- e ao lado dos músicos Sá e Guarabyra. O trio se transformou em ícone do chamado "rock rural".

Entre as canções mais famosas de Zé Rodrix estão "Casa no Campo", famosa na voz de Elis Regina, "Mestre Jonas" e "Soy Latino Americano".

Nas décadas de 80 e 90, Rodrix abandonou a carreira musical para se dedicar à publicidade.

Em 2001, voltou a se reunir com os companheiros Sá e Guarabyra para uma apresentação do "Rock in Rio". No mesmo ano, o trio lançou um DVD ao vivo, reunindo seus maiores sucessos: "Sá, Rodrix & Guarabyra: Outra Vez Na Estrada - Ao Vivo".

Comentários dos leitores
Diego Martins (1) 25/05/2009 10h10
Diego Martins (1) 25/05/2009 10h10
Certamente a maior perda com o falecimento deste culto Irmão, é o fato de que não teremos a oportunidade de decifrar suas idéias e confrontá-las após, com o próprio a fim de termos certeza do entendimento.
Por exemplo, Guernica obra de Picasso (ou de qualquer outro artista que já não esteja mais conosco), tenho uma cópia deste quadro em um local que frequentemente olho, ao observa-lo sempre fico imaginando no que o autor estava querendo expressar, ou no que pensava quando o havia pintado, para minha infelicidade, nunca terei certeza no que ele estava pensando, assim como algumas diversas músicas e justamente a trilogia que este mestre da literatura nos deixou...
Fico triste de não ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. É com certeza uma grande perda para a sociedade...
sem opinião
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lair biagini (1) 25/05/2009 09h00
lair biagini (1) 25/05/2009 09h00
Zé Rodrix deixa saudades na turma do BOWLS do SPAC - São Paulo Atlhetic Club. Foram momentos divertidos que passamos jogando bowls naquele gramado verde - o melhor, aquele em que fantasiou-se de médico de plantão - avental branco e um tabuleiro com uma planta enorme na cabeça. Quantas saudades. Turma do BOWLS anos 80. 2 opiniões
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Rolan Crespo (1) 23/05/2009 19h37
Rolan Crespo (1) 23/05/2009 19h37
De todas as lições que aprendi com você mestre, acho que a mais importante foi a generosidade...
Quando você nos encontrou (a convite do Sonekka) na casinha de azul desbotado na Caiubi 420, éramos apenas crianças musicais. Não no sentido criativo, pois você mesmo dizia que naquele dia ouviu cerca de 20 canções "absolutamente irretocáveis" nas exatas palavras suas. Mas éramos crianças sim, no sentido de que nós nunca tínhamos estado diante de um gênio.
Sua chegada foi totalmente arrebatadora! Mudou tudo! Mudou nossa vida, nossa visão da música, ampliou nossos sentidos até o limite do inimaginável! Nos abraçou como só os grandes sabem fazer. Falava de nós em todos os lugares por aonde ia e isso fez com se aproximassem de nós outros criadores maravilhosos que só em disco conhecíamos. Você nos trouxe outro mestre querido, o Tavito.
Hoje sabemos que sua contribuição foi impagável. Nunca poderemos agradecer o suficiente.
Mas fora a contribuição profissional, a sua generosidade foi ainda além... Nos tornamos seus amigos. Nos últimos tempos você sempre dizia que a melhor coisa que o Clube Caiubi te trouxe foram os amigos. Como dizia também, que ha muitos anos você não tinha turma e que éramos a "sua turma".
E foram muitas as risadas nas mesas dos bares por onde passamos, nos teatros e em todos os palcos onde estivemos juntos, direta ou indiretamente, sob a sua batuta... Como curador, amigo, parceiro, diretor ou simplesmente como quando você se sentava na platéia pra ouvir nossos shows. Zé Rodrix na platéia não é pra qualquer um! A gente se orgulhava. Eu me orgulhava.
Zé Rodrix, você é um louco! No melhor sentido que esse adjetivo confere aos gênios. Um incendiário, um incansável, um rebelde... A criatura mais absurdamente inteligente e culta que já tive a oportunidade de conhecer sobre a Terra. Sabe de tudo, discute sobre vários assuntos com desenvoltura, fala varias línguas. É controverso, polemico e louco... Só mesmo um maluco beleza", como ouvi a Julia te chamar, pra se juntar a nós, um bando de ilustres desconhecidos com o sonho de fazer musica. Não qualquer musica, a nossa musica "autoral". Alcunha que ganhamos numa de suas entrevistas, se não me engano. Sonho que você sonhou, musica que você compôs com a gente.
Escrevo essas palavras, no momento exato em que sua (nossa) família e muitos de nossos amigos (nossa família) dizem o ultimo adeus ao seu corpo físico. Momento que eu, num primeiro ato de rebeldia contigo, me recuso a participar. Não digo essa palavra, não direi.
Você ainda me deve a gravação da ultima canção que falta no meu disco, que a gente tinha combinado de fazer ontem. Como você pode me dar o cano? Justo você, padinho! Justo você que me dizia pra eu responder que sim, quando os jornalistas me confundiam, por causa do nosso Rodrigues, e perguntavam se eu era uma de suas filhas. Justo você que me adotou, mesmo quando eu não estava à altura de ser sua afilhada? Mas que pacientemente me ensinou tantas coisas sobre a vida, sobre a musica e sobre um dos nossos assuntos preferidos, a magia.
Eu me recuso, mestre! O Max ligou aqui pra gente ir te ver hoje, mas eu me recuso! Pela primeira vez em tantos anos você faltou. Ontem te dei as costas quando você entrou no salão e enquanto todos os amigos te cumprimentavam, eu mantinha a distancia. Em vez de percorrer o espaço com os olhos te procurando, eu te evitei. Não fui ao seu encontro te abraçar como sempre fizemos... chamando "padinho" e você respondendo "minha linda".
Não fui porque você nos dizia sempre que "cada um faz o que quer, pode e consegue..."
Até a próxima segunda, na nossa maçonaria musical. E sei que sua presença é certa, pois sua generosidade não tem fim...
Lis Rodrigues
Postado por Rolan Crespo em 23.05.2009
2 opiniões
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