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26/01/2006 - 20h30

Viena abre museu instalado em antiga casa de Mozart

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CRISTINA CASALS
da Efe, em Viena

Nesta sexta-feira, dia em que é comemorado o 250º aniversário de nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart, Viena mostrará ao mundo como o gênio viveu em uma residência perto da catedral de São Estevão, onde se casou com Constance Weber e local em que foi realizado seu funeral, em dezembro de 1791.

De 1784 a 1787, Mozart viveu com sua família, seus empregados, um cachorro e um passarinho em um dos apartamentos da Domgasse (Rua da Catedral) número 5, um dos melhores endereços da época, lugar que ele deixou devido a uma viagem a Praga para a estréia de "Don Giovanni".

Agora, depois da transformação da construção, de quatro andares, em museu, o visitante pode ver, no seu segundo e terceiro andares, uma representação do estilo de vida daqueles tempos.

O museu tem uma superfície total de mil metros quadrados, onde atualmente são realizadas exposições e eventos culturais. Com a ajuda da União Européia, uma obra que custou 8 milhões de euros restaurou o espaço e reservou o segundo andar da construção para exposições, simpósios e outros eventos.

Mozart nasceu em Salzburgo, mas passou os anos decisivos de sua carreira em Viena, lembraram os responsáveis pelo museu que funciona no edifício, construído no século 17.

De acordo com ele, o próprio gênio tinha dito em uma carta a seus pais que ele se sentia à vontade em Viena. "Para minha profissão, este é o melhor lugar do mundo", escreveu Mozart em abril de 1781.

Casa

A Casa Mozart pretende fazer com que o visitante questione os clichês e tente se aproximar de Mozart como pessoa e compositor.

Embora haja móveis, roupas e utensílios da época expostos no local, praticamente nenhum pertenceu ao compositor. No entanto, dão respostas a perguntas sobre seu estilo de vida, sua família e sua forma de trabalhar, recorrendo aos meios audiovisuais modernos para isso, através de várias instalações de vídeo.

No dia 29 de setembro de 1784, Mozart e sua mulher se mudaram para este edifício com seu filho Carl Thomas, que tinha nove dias de idade. Eles ficaram no local até abril de 1787, em um período de sucesso profissional e de vida agitada.

Nos 10 anos em que viveu em Viena, o compositor teve 14 endereços diferentes, e este é o único de todos eles que continua de pé. Os Mozart viviam um estilo de vida que correspondia ao de um compositor famoso, e pagavam um aluguel anual de 450 florins, quantia que o músico ganhava em sua cidade natal, Salzburgo, em um ano.

Enquanto ele viveu em um dos andares deste edifício de quatro pavimentos, ele estabeleceu contatos com Joseph Haydn, que manifestou admiração pelo gênio de Mozart em palavras dirigidas a seu pai. Mozart também recebeu um ilustre visitante, Ludwig van Beethoven.

Além disso, Mozart organizou diversos concertos nesta época, com estréias de obras como "Figaro" e a Sinfonia nº 38 (Sinfonia de Praga), assim como os quartetos de corda dedicados a Haydn.

O terceiro filho do casal, Thomas Leopold, também nasceu nesse local, mas morreu quando tinha menos de um mês de idade. Os Mozart tiveram seis filhos, dos quais apenas dois, Carl Thomas e Franz Xaver Wolfgang, sobreviveram aos anos da infância. Este último nasceu poucos dias antes da morte de seu pai e também foi músico, mas nunca foi tão famoso.

Entre os objetos apresentados na casa, se destacam documentos autênticos, como o contrato de casamento assinado por Mozart e Constance em 1782, e u testamento, de 1791, assim como os escritos que documentam sua admissão na loja maçônica "A la Beneficencia".

Para ilustrar a forma com o músico se distraía, o museu expõe na casa duas mesas, uma com um tabuleiro de jogos populares e outra de bilhar, um de seus passatempos favoritos.

Uma das instalações multimídia dedicadas à obra do compositor combina várias imagens para oferecer uma experiência sensual do que é a "Flauta Mágica". Esta ópera, concebida como um conto, foi um de seus grandes sucessos, tanto no que se refere aos elogios quanto à venda de ingressos, mas Mozart morreu apenas dois meses depois da estréia da obra.

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