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27/01/2006
-
16h27
da Ansa, em Salzburgo
Uma cerimônia solene inaugurou hoje as comemorações oficiais em Salzburg, na Áustria, pelos 250 anos de nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart. Muita música e também um protesto do maestro Nikolaus Harnoncourt, que discorda da "comercialização" do aniversário do grande músico.
Diante das autoridades e do chefe de Estado, Heinz Fischer, foi aberta hoje na sala da Fundação Mozarteum uma cerimônia solene para o ano de comemorações. O programa começou com um quarteto ("Kw478") para violino, viola, violoncelo e piano com os solistas de Wiener Philharmoniker.
Após os cumprimentos das autoridades, a famosa sinfonia "Kw550" foi executada por Wiener sob a direção de Harnoncourt, cujo breve discurso, que deveria ter sido comemorativo, acabou se transformando em uma dura acusação. O maestro, famoso pela sua seriedade e rigor, criticou "o giro de dinheiro e de negócios" organizado em função desta comemoração. "Deveríamos nos envergonhar", atacou.
"As manifestações comerciais massacram os sons de Mozart. Mozart, esse gênio musical, não precisa de nossas honras, somos nós que precisamos dele", continuou o maestro, que criticou também o dramático estado em que está a educação musical, particularmente no sistema público e na sociedade em geral. "Hoje, nossos filhos não sabem nem cantar. E no entanto têm direito à cultura", emendou.
O maestro também citou o filósofo Kierkegaard ao denunciar que o perigo atual da sociedade não é a "bancarrota econômica, mas a espiritual, o materialismo, a avidez". Segundo Harnoncourt, a música não é de forma nenhuma só para as minorias (as elites).
Quanto a Mozart, de quem Harnoncourt é um dos máximos especialistas, disse que é um gênio tão superior que é impossível tentar entendê-lo e explicá-lo: "'Mozart permanece misterioso, nunca saberemos a verdade de Mozart, mas só a verdade de sua obra. Ele é assim, incompreensível, porque vem de outra estrela, divina, e só vive na sua música".
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Festejos pelos 250 anos de Mozart recebem críticas
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Diante das autoridades e do chefe de Estado, Heinz Fischer, foi aberta hoje na sala da Fundação Mozarteum uma cerimônia solene para o ano de comemorações. O programa começou com um quarteto ("Kw478") para violino, viola, violoncelo e piano com os solistas de Wiener Philharmoniker.
Após os cumprimentos das autoridades, a famosa sinfonia "Kw550" foi executada por Wiener sob a direção de Harnoncourt, cujo breve discurso, que deveria ter sido comemorativo, acabou se transformando em uma dura acusação. O maestro, famoso pela sua seriedade e rigor, criticou "o giro de dinheiro e de negócios" organizado em função desta comemoração. "Deveríamos nos envergonhar", atacou.
"As manifestações comerciais massacram os sons de Mozart. Mozart, esse gênio musical, não precisa de nossas honras, somos nós que precisamos dele", continuou o maestro, que criticou também o dramático estado em que está a educação musical, particularmente no sistema público e na sociedade em geral. "Hoje, nossos filhos não sabem nem cantar. E no entanto têm direito à cultura", emendou.
O maestro também citou o filósofo Kierkegaard ao denunciar que o perigo atual da sociedade não é a "bancarrota econômica, mas a espiritual, o materialismo, a avidez". Segundo Harnoncourt, a música não é de forma nenhuma só para as minorias (as elites).
Quanto a Mozart, de quem Harnoncourt é um dos máximos especialistas, disse que é um gênio tão superior que é impossível tentar entendê-lo e explicá-lo: "'Mozart permanece misterioso, nunca saberemos a verdade de Mozart, mas só a verdade de sua obra. Ele é assim, incompreensível, porque vem de outra estrela, divina, e só vive na sua música".
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