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06/02/2006 - 10h38

Morre cineasta polonês Walerian Borowczyk

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da France Presse, em Paris

O diretor de "Contos Imorais" (1975), Walerian Borowczyk, morreu na sexta-feira em conseqüência de uma complicação cardíaca em um hospital da região de Paris, informou uma fonte próxima do cineasta à France Presse.

Nascido em 1923 em Kwilcz (Polônia), Borowczyk foi um artista polivalente, pintor, grafista, escritor e sobretudo cineasta do erotismo, dotado, segundo André Breton, de uma "imaginação fulgurante".

Dois anos depois de concluir seus estudos na Academia de Artes de Varsóvia, em 1951, conquistou o grande prêmio nacional de grafismo por seus cartazes para o cinema. A partir de 1946 dirigiu alguns curtas de animação, mas teve que esperar até 1957 para ser reconhecido com o filme de animação "Byl Sobie Ras", co-dirigido com Jan Lenica.

Borowczyk revolucionou o cinema de animação, ao introduzir o humor negro, "gags" surrealistas e uma técnica nova baseada na divisão do roteiro em cenas. Em 1958, viria o filme "Dom", também dirigido em colaboração com Lenica, com o qual recebeu o grande prêmio em Bruxelas.

Conhecido por seu cinema surrealista, radicou-se em Paris, onde colaborou com Chris Marker em "Les Astronauts" (1959) e fez outros filmes de animação, como "Renaissaince" (1963) e "Les Jeux des Anges" (1964). Em 1963, fez seu primeiro longa de animação, "Theatre de Monsieur et Madame Kabal".

A partir de 1968, passou da animação para a ficção. Então viriam filmes como "Mazeppa", "Goto - Ille d'Amour", e "Blanche", um conto medieval shakespeariano. Sua mulher, Ligia Branice, aparece em parte de seus úfilmes.

Em 1974, foi lançado no cinema seu primeiro filme abertamente erótico (na época, proibido para menores de 16 anos): "Contos Imorais", no qual atuam, entre outros, Fabrice Luchini e Paloma Picasso. No filme, Borowczyk dava uma visão da sexualidade com o passar da idade em quatro episódios.

O cineasta voltou para a Polônia para rodar "Dziejz Grechu" ("História de um Pecado", 1975) e regressou à França com "A Mulher" e "La Bête" (1975), no qual aparecem cenas de acasalamentos eqüinos e masturbações tão provocadoras que muitos espectadores deixavam a sala no meio do filme.

Em 1977, filmou na Itália "Atrás do Muro de um Convento", com sua mulher como protagonista no papel de uma religiosa moralista enclausurada que se confronta com algumas companheiras vítimas dos tormentos da carne. A Borowczyk se deveu ainda o filme "Emmanuelle 5" (1986), quinto filme sobre as tórridas aventuras da heroína, marcado por um erotismo obscuro e fiel.

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