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31/10/2000
-
05h25
ISRAEL DO VALE, da Folha de S.Paulo
Cinco das principais bandas do elenco nacional do Rock in Rio 3 anunciaram ontem que vão deixar o festival, agendado para janeiro do ano que vem, a exemplo do que fez o grupo O Rappa na semana passada.
A decisão foi tomada na tarde de ontem, no Rio, em almoço dos empresários dos grupos Jota Quest, Raimundos, Charlie Brown Jr. e Skank com o do grupo O Rappa. O Cidade Negra também teria fechado com o grupo, por telefone, por meio de sua empresária, que está na Jamaica.
As bandas se queixam de descaso por parte da produção, que se traduziria na falta de diálogo e na desigualdade de condições técnicas em relação às atrações internacionais.
A decisão foi comunicada à produção do festival à tarde, em reunião com a coordenadora do evento, Roberta Medina, filha do empresário Roberto Medina, e o produtor-geral, Cesar Castanho.
"Eles ficavam jogando umas bandas contra as outras. Todas as conversas eram com a faca no nosso pescoço", afirma Marcus Barros, empresário do Charlie Brown Jr. "Chegaram a me dizer que, se eu não estivesse satisfeito, era só mandar um e-mail dizendo que estava saindo do festival."
O início da crise se deu com a desistência do grupo O Rappa, no final da semana passada, sob alegação de que a produção descumpriu o trato de que eles tocariam à noite. O show do Rappa foi programado para às 18h30 -o que, no horário de verão, ainda é dia.
Os demais empresários resolveram se solidarizar e fecharam acordo prevendo que cada banda só toca se todas as demais tocarem. "O Skank já decidiu: nós não tocamos mais", afirma Fernando Furtado, empresário da banda.
A organização prefere tratar o assunto como "um mal-entendido" e garante que pelo menos três bandas já estariam voltando atrás, depois de iniciadas as conversas individualmente.
Segundo a assessoria de imprensa do evento, os empresários dos artistas "já chegaram sem disposição para conversar, decididos a sair". Os produtores do festival marcaram reunião com os empresários para esta manhã, para tentar reverter a situação.
A crise com os artistas nacionais pode se ampliar. A Folha apurou que pelo menos Barão Vermelho e Fernanda Abreu também estudam a hipótese de seu unir ao "Grupo dos Seis" do cisma no Rock in Rio.
Se não se resolver rapidamente, a negociação pode implicar no adiamento do início da venda dos ingressos para os shows, programada para o dia 10 de novembro.
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A decisão foi tomada na tarde de ontem, no Rio, em almoço dos empresários dos grupos Jota Quest, Raimundos, Charlie Brown Jr. e Skank com o do grupo O Rappa. O Cidade Negra também teria fechado com o grupo, por telefone, por meio de sua empresária, que está na Jamaica.
As bandas se queixam de descaso por parte da produção, que se traduziria na falta de diálogo e na desigualdade de condições técnicas em relação às atrações internacionais.
A decisão foi comunicada à produção do festival à tarde, em reunião com a coordenadora do evento, Roberta Medina, filha do empresário Roberto Medina, e o produtor-geral, Cesar Castanho.
"Eles ficavam jogando umas bandas contra as outras. Todas as conversas eram com a faca no nosso pescoço", afirma Marcus Barros, empresário do Charlie Brown Jr. "Chegaram a me dizer que, se eu não estivesse satisfeito, era só mandar um e-mail dizendo que estava saindo do festival."
O início da crise se deu com a desistência do grupo O Rappa, no final da semana passada, sob alegação de que a produção descumpriu o trato de que eles tocariam à noite. O show do Rappa foi programado para às 18h30 -o que, no horário de verão, ainda é dia.
Os demais empresários resolveram se solidarizar e fecharam acordo prevendo que cada banda só toca se todas as demais tocarem. "O Skank já decidiu: nós não tocamos mais", afirma Fernando Furtado, empresário da banda.
A organização prefere tratar o assunto como "um mal-entendido" e garante que pelo menos três bandas já estariam voltando atrás, depois de iniciadas as conversas individualmente.
Segundo a assessoria de imprensa do evento, os empresários dos artistas "já chegaram sem disposição para conversar, decididos a sair". Os produtores do festival marcaram reunião com os empresários para esta manhã, para tentar reverter a situação.
A crise com os artistas nacionais pode se ampliar. A Folha apurou que pelo menos Barão Vermelho e Fernanda Abreu também estudam a hipótese de seu unir ao "Grupo dos Seis" do cisma no Rock in Rio.
Se não se resolver rapidamente, a negociação pode implicar no adiamento do início da venda dos ingressos para os shows, programada para o dia 10 de novembro.
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