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19/02/2006
-
10h38
EDUARDO SIMÕES
da Folha de S.Paulo
Acampados desde quarta-feira na entrada do estádio do Morumbi, os fãs do U2 (banda que se apresenta amanhã e terça em São Paulo) sofrem: pagam até R$ 50 para estacionar seus carros por uma noite, dormem pouco e ainda são alvo de brincadeiras de mau gosto: "Os playboys do Morumbi passam à noite de carro xingando, jogando ovo, água e atirando com extintor na gente", afirmou ontem Cléber Rocha, 28, desde quinta à noite na fila, sem sinal de arrependimento. "É na frente ou na frente. Atrás só é melhor do que não ver."
Os acampados também se divertem. Fizeram vaquinha e compraram um toldo, que serve de sala de estar improvisada. Ali, cantam as músicas da banda, contam vantagem dos shows que já viram e ainda verão, dividem as experiências, a água e até a comida.
"Está todo mundo comendo Bono aqui", brinca a pernambucana Juliana Sarda, 24, num trocadilho com uma marca de biscoito.
A população da fila é flutuante: nas cercas de 20 barracas na fila para o portão 2, por exemplo, os fãs se revezam durante dia e noite, entre si, e com amigos ou familiares. Numa delas, alternam-se 16 amigos. Há também solitários.
"Meus amigos são todos pagodeiros, e eu não posso revezar com ninguém", diz Wilton Burrego Neto, 22, que almoça no "tiozinho do hot dog", toma banho a R$ 5 (dez minutos) e paga R$ 2 para demais usos do banheiro, numa casa do outro lado da rua.
A média de idade é de 25 anos, mas há desde veteranos, como Marcos Oliveira, 47, a neófitos, como Adalberto Melo, 13, que acompanha os pais na empreitada: "As condições não são de luxo, mas vale pela experiência".
Aos paulistas, a maioria, juntaram-se cariocas, alagoanos, sergipanos, mineiros etc., num equilíbrio entre o número de homens e mulheres. A amizade, brincam, acaba quando o portão se abrir. Xaveco? Nem pensar. "A concorrência está difícil, as mulheres só falam no Bono", queixa-se o fã Leandro Ferreira, 33, ansioso para ver a banda, pela oitava vez, só na mesma turnê. E esperando uma solidária recompensa, de preferência que alimente, de seus ídolos. "No México, o Bono mandou distribuir pizza para centenas de pessoas na fila."
Bono e Lula
Segundo o Palácio do Planalto, Bono, cuja chegada ao Brasil estava prevista para a madrugada de hoje, vai se encontrar com o presidente Lula ainda hoje. No entanto, a assesoria de imprensa da gravadora Universal, que organiza a agenda da banda no Brasil, não confirmou o encontro.
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Fãs do U2 passam a "Bono" e água na fila
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da Folha de S.Paulo
Acampados desde quarta-feira na entrada do estádio do Morumbi, os fãs do U2 (banda que se apresenta amanhã e terça em São Paulo) sofrem: pagam até R$ 50 para estacionar seus carros por uma noite, dormem pouco e ainda são alvo de brincadeiras de mau gosto: "Os playboys do Morumbi passam à noite de carro xingando, jogando ovo, água e atirando com extintor na gente", afirmou ontem Cléber Rocha, 28, desde quinta à noite na fila, sem sinal de arrependimento. "É na frente ou na frente. Atrás só é melhor do que não ver."
Os acampados também se divertem. Fizeram vaquinha e compraram um toldo, que serve de sala de estar improvisada. Ali, cantam as músicas da banda, contam vantagem dos shows que já viram e ainda verão, dividem as experiências, a água e até a comida.
"Está todo mundo comendo Bono aqui", brinca a pernambucana Juliana Sarda, 24, num trocadilho com uma marca de biscoito.
A população da fila é flutuante: nas cercas de 20 barracas na fila para o portão 2, por exemplo, os fãs se revezam durante dia e noite, entre si, e com amigos ou familiares. Numa delas, alternam-se 16 amigos. Há também solitários.
"Meus amigos são todos pagodeiros, e eu não posso revezar com ninguém", diz Wilton Burrego Neto, 22, que almoça no "tiozinho do hot dog", toma banho a R$ 5 (dez minutos) e paga R$ 2 para demais usos do banheiro, numa casa do outro lado da rua.
A média de idade é de 25 anos, mas há desde veteranos, como Marcos Oliveira, 47, a neófitos, como Adalberto Melo, 13, que acompanha os pais na empreitada: "As condições não são de luxo, mas vale pela experiência".
Aos paulistas, a maioria, juntaram-se cariocas, alagoanos, sergipanos, mineiros etc., num equilíbrio entre o número de homens e mulheres. A amizade, brincam, acaba quando o portão se abrir. Xaveco? Nem pensar. "A concorrência está difícil, as mulheres só falam no Bono", queixa-se o fã Leandro Ferreira, 33, ansioso para ver a banda, pela oitava vez, só na mesma turnê. E esperando uma solidária recompensa, de preferência que alimente, de seus ídolos. "No México, o Bono mandou distribuir pizza para centenas de pessoas na fila."
Bono e Lula
Segundo o Palácio do Planalto, Bono, cuja chegada ao Brasil estava prevista para a madrugada de hoje, vai se encontrar com o presidente Lula ainda hoje. No entanto, a assesoria de imprensa da gravadora Universal, que organiza a agenda da banda no Brasil, não confirmou o encontro.
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