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01/11/2000 - 20h40

Rock in Rio insiste, mas bandas garantem que não se apresentam

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

A briga na organização do Rock in Rio 3 não terá trégua: apesar de a organização ter se rendido inicialmente à reclamação de que estavam se sentindo inferiores em relação ao tratamento dado aos grupos internacionais, as cinco bandas que se "rebelaram" contra o Rock in Rio e decidiram não se apresentar em solidariedade ao "O Rappa", vão manter a posição e não voltar atrás.

O empresário da banda Raimundos, Ricardo Queirós, disse hoje que voltou a ser procurado por Roberta Medina, filha do empresário Roberto Medina, organizador do Rock in Rio 3. "A Roberta mandou um e-mail hoje para tentar conversar sobre a situação, mas nossa posição continua sendo a mesma: não vamos voltar", disse.

Jota Quest, Skank, Charlie Brown Jr., Cidade Negra e Raimundos (que, juntos do O Rappa são chamados de "Grupo dos Seis") anunciaram na segunda-feira (31), em conjunto, que não participarão do festival. O Rappa não estava satisfeito com o horário em que foi colocado para se apresentar, às 18h30.

Segundo Queirós (Raimundos), desde a primeira reunião com os diretores da Artplan -empresa responsável pela organização do evento-, há três meses, houve problemas. De acordo com ele, as seis bandas tinham as mesmas queixas com relação à organização do festival e já vinham conversando sobre o assunto há algum tempo.

"Desde o começo eu achei que a atitude deles (organização) era muito errada. Têm pessoas que você prefere ter apenas como conhecido do que como parceiro comercial", disse Queirós referindo-se aos "organizadores" do evento, sem querer personalizar ou dirigir sua afirmação.

O que Queirós chama de "atitude errada" seria o fato de a organização do evento ter considerado as bandas nacionais como coadjuvantes, dispensando a elas um tratamento que, segundo ele, vinha chegando ao descaso. "Têm artistas que não têm discos lançados no Brasil e que estão recebendo tratamento melhor do que artistas do primeiro escalão da música nacional", disse.

O empresário disse ainda que espera que o público entenda a atitude das bandas como "uma luta de empresários e artistas por mais respeito aos grupos brasileiros". Ele acredita que a atitude do que está sendo chamado de "Grupo dos Seis" deverá fazer com que empresários que pretendam investir nesse tipo de evento tenham mais consideração pelos artistas nacionais.

De acordo com Queirós, não há informações de outras bandas que estejam pensando em deixar o evento.

Outro lado

Procurada hoje à tarde pela Folha Online, a assessoria de imprensa do Rock in Rio 3 informou que a organização ainda está fazendo reuniões para discutir como tratar o assunto e que, enquanto não tivesse sua posição oficial, não falaria.

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