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06/03/2006
-
18h51
da France Presse, em Hollywood
O canadense Paul Haggis, que levou neste domingo o Oscar de melhor filme, certa vez brincou ao dizer que o medo de que seu epitáfio mostrasse algum crédito por um programa de TV foi o que o convenceu a se transferir para o cinema.
Em 2004, obteve reconhecimento pelo roteiro do premiado "Menina de Ouro", e um ano depois dirigiu a história sobre a tensão racial em Los Angeles "Crash - No Limite", que impressionou os quase 6 mil membros da Academia e superou o favorito "Brokeback Mountain", do taiwanês Ang Lee, que ganhou o Oscar de diretor.
Referindo-se a uma de suas séries de TV mais populares, Haggis disse certa vez: "Escrevi o piloto porque achei que não fosse mais longe, mas ela se tornou um enorme sucesso, e eu me levantava às 3 ou 4 horas da manhã empapado de suor. Imaginei minha lápide, que dizia: 'Paul Haggis, criador de 'Walker, Texas Ranger'".
Em 2000, Haggis entrou de cabeça no cinema e começou a escrever a história de uma pugilista --"Menina de Ouro"-- protagonizada por Hilary Swank.
Em meados dos anos 70, Haggis começou a produzir, dirigir e escrever para várias e populares séries de TV, entre elas "LA Law", "The Love Boat" e "The Facts of Life". Ele também ganhou uma série de prêmios por seu trabalho na TV, entre eles dois Emmy.
Haggis, 52, dedicou-se tanto ao filme Crash que não quis delegar a direção do filme, mesmo após ter sofrido um ataque cardíaco durante as filmagens, que retomou duas semanas depois. "As pessoas amam ou odeiam Crash", disse em entrevista recente à revista "Newsweek". O filme explora o preconceito racial entre um grupo de personagens que nem sempre são o que parecem, e que, de uma forma ou de outra, estão surpreendentemente relacionados.
Haggis contou que, quando Crash foi visto pelos primeiros espectadores, pensou: "Como pude ter feito esse filme para o público americano?" Na mesma entrevista, o diretor de "Munique", Steven Spielberg, elogiou Haggis e o filme: "Entre todos os filmes lançados neste ano, Paul fez a divisão mais eclética, cada um o oposto do outro, e ainda assim todas as histórias confluem inexoravelmente".
Segundo o crítico de cinema Roger Ebert, Haggis "escreve com tanta franqueza e tem um ouvido tão bom para as conversas do dia-a-dia que seus personagens parecem reais assim que pronunciam as primeiras palavras. Sua divisão é uniformemente forte, e os atores evitam os estereótipos".
Nascido no dia 10 de março de 1953, em Ontario, Canadá, Haggis cita Alfred Hitchcock, Jean-Luc Godard e Costa-Gavras entre os diretores que inspiraram sua paixão pelo cinema. Ele tem um filho com a atual mulher, a atriz Deborah Rennard, e três de um casamento anterior.
Em 2003, Haggis foi nomeado um dos "25 dissidentes da nossa era" pela "Razor Magazine", por ser um dos "inconformistas que desafiam ordens". Em abril do ano passado, a revista "Rolling Stone" o classificou de cineasta mais inovador do ano. E a Academia também achou assim.
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O canadense Paul Haggis, que levou neste domingo o Oscar de melhor filme, certa vez brincou ao dizer que o medo de que seu epitáfio mostrasse algum crédito por um programa de TV foi o que o convenceu a se transferir para o cinema.
Em 2004, obteve reconhecimento pelo roteiro do premiado "Menina de Ouro", e um ano depois dirigiu a história sobre a tensão racial em Los Angeles "Crash - No Limite", que impressionou os quase 6 mil membros da Academia e superou o favorito "Brokeback Mountain", do taiwanês Ang Lee, que ganhou o Oscar de diretor.
Referindo-se a uma de suas séries de TV mais populares, Haggis disse certa vez: "Escrevi o piloto porque achei que não fosse mais longe, mas ela se tornou um enorme sucesso, e eu me levantava às 3 ou 4 horas da manhã empapado de suor. Imaginei minha lápide, que dizia: 'Paul Haggis, criador de 'Walker, Texas Ranger'".
Em 2000, Haggis entrou de cabeça no cinema e começou a escrever a história de uma pugilista --"Menina de Ouro"-- protagonizada por Hilary Swank.
Em meados dos anos 70, Haggis começou a produzir, dirigir e escrever para várias e populares séries de TV, entre elas "LA Law", "The Love Boat" e "The Facts of Life". Ele também ganhou uma série de prêmios por seu trabalho na TV, entre eles dois Emmy.
Haggis, 52, dedicou-se tanto ao filme Crash que não quis delegar a direção do filme, mesmo após ter sofrido um ataque cardíaco durante as filmagens, que retomou duas semanas depois. "As pessoas amam ou odeiam Crash", disse em entrevista recente à revista "Newsweek". O filme explora o preconceito racial entre um grupo de personagens que nem sempre são o que parecem, e que, de uma forma ou de outra, estão surpreendentemente relacionados.
Haggis contou que, quando Crash foi visto pelos primeiros espectadores, pensou: "Como pude ter feito esse filme para o público americano?" Na mesma entrevista, o diretor de "Munique", Steven Spielberg, elogiou Haggis e o filme: "Entre todos os filmes lançados neste ano, Paul fez a divisão mais eclética, cada um o oposto do outro, e ainda assim todas as histórias confluem inexoravelmente".
Segundo o crítico de cinema Roger Ebert, Haggis "escreve com tanta franqueza e tem um ouvido tão bom para as conversas do dia-a-dia que seus personagens parecem reais assim que pronunciam as primeiras palavras. Sua divisão é uniformemente forte, e os atores evitam os estereótipos".
Nascido no dia 10 de março de 1953, em Ontario, Canadá, Haggis cita Alfred Hitchcock, Jean-Luc Godard e Costa-Gavras entre os diretores que inspiraram sua paixão pelo cinema. Ele tem um filho com a atual mulher, a atriz Deborah Rennard, e três de um casamento anterior.
Em 2003, Haggis foi nomeado um dos "25 dissidentes da nossa era" pela "Razor Magazine", por ser um dos "inconformistas que desafiam ordens". Em abril do ano passado, a revista "Rolling Stone" o classificou de cineasta mais inovador do ano. E a Academia também achou assim.
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